A percepção dos empresários do comércio em relação ao nível de estoques na região metropolitana de São Paulo caiu 11,8% em janeiro, frente a janeiro do ano passado, segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
O Índice de Estoques capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). Em janeiro deste ano, o indicador atingiu os 107,4 pontos.
Na comparação com dezembro de 2014, a queda foi de 2,9%.
Segundo a federação, a queda deve-se ao aumento na proporção de empresários que dizem ter estoques abaixo do desejado – que passou de 13,8% para 16,3% entre janeiro e dezembro. “O Natal, apesar de fraco, pode ter auxiliado no ajuste de estoques diante de perspectivas menos positivas”.
Essa queda, no entanto, é considerada positiva pela Federação. Se não houve incremento do número de empresários que afirmam ter estoques elevados entre dezembro e janeiro, apesar de um Natal fraco, significa que houve equilíbrio entre demanda e oferta na principal data para o setor.
“Isso demonstra que os empresários já estavam se antecipando a essa tendência. Sendo assim, vendas baixas não surpreenderam os lojistas – que, por sua vez, não exageraram no volume de estoques”, explica a Federação.
Diante disso, não serão necessárias grandes liquidações e queimas de estoque neste início de ano, por conta da menor necessidade de ajustar estoques.
O indicador de janeiro mostrou, portanto, que o comércio está relativamente bem preparado para enfrentar as turbulências. “Está, ao menos, fazendo projeções sem otimismo ou pessimismo exagerado”.
(Por NoVarejo – Escrito por Camila Mendonça) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM