A Intenção de Consumo das Famílias, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, apresentou queda de 8,6% em janeiro deste ano, na comparação com o primeiro mês do ano anterior.

Apesar da queda, o índice está em um nível favorável, de indiferença, uma vez que registrou 119,7 pontos. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação com emprego, renda e capacidade de consumo.

Considerando os componentes do indicador, a maior queda foi naquele que mede a perspectiva de consumo, que registrou queda de 14,2% e atingiu o menor valor da série histórica, com 121,9 pontos.

O componente que mede o Momento para comprar bens duráveis, que apresentou forte queda, de 12%, também alcançou o menor valor da série histórica, com 97,2 pontos.

A taxa de juros para o consumidor atingiu o maior valor desde julho de 2011, de 44,19% ao ano, o que gera encarecimento de empréstimos e diminuição na disposição para aquisição de duráveis. A inflação oficial voltou a aumentar, principalmente nos grupos de alimentação e serviços, que afetam de maneira intensa o orçamento das famílias.

Já aquele que mede o nível de consumo atual caiu 9,5% na comparação com janeiro de 2014. A queda deve-se ao custo elevado do crédito e ao alto nível de endividamento.

Por isso, o componente Acesso ao Crédito não poderia ter registrado movimento diferente: caiu 9,2% na comparação anual – este é o menor nível da série, segundo a Confederação.

Na comparação mensal, frente a dezembro, houve alta, de 0,2%. Nesta comparação, a maior retração ocorreu na região Sul, de 3,5%, e a melhor avaliação ocorreu na região Sudeste, com aumento de 1,8% na satisfação dos consumidores.

(Por NoVarejo – Escrito por  Camila Mendonça) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM