O CEO da Unilever, Paul Polman, afirmou que chegou o momento de o Brasil enfrentar os gargalos da economia para voltar a crescer. Na entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, ele também falou sobre a projeção para 2015, traçou um exame dos mercados emergentes e deixou claro que aposta que a economia mundial está passando por sua fase mais difícil. “A partir de agora, voltaremos a crescer paulatinamente.”
Polman não deixa dúvidas sobre a dimensão de sua empresa. “Em alguns países, chegamos a mais casas do que o serviço de correio.” A cada dia, 2 bilhões de pessoas consomem produtos da empresa em 190 países. A multinacional faturou € 49,8 bilhões em 2013.
Questionado sobre o mercado brasileiro, Polman afirma que o País terá uma continuidade de governo e, com o fim das eleições, o fator da incerteza acabou. “O País conseguiu tirar milhões de pessoas da pobreza, num processo que começou nos anos de Lula. O resultado tem sido uma sociedade mais inclusiva e uma economia que cresceu. Mas agora chegou o momento de o Brasil enfrentar seus gargalos. Há um sistema tributário e legal complexo e a infraestrutura que não conseguiu acompanhar as demandas por desenvolvimento”, opina o executivo.
Polman afirma que a Unilever vai continuar a investir nos emergentes, tanto que está erguendo 24 fábricas no mundo, sendo 23 delas nos países emergentes. “No Brasil, estamos buscando novas oportunidades para investir. Apesar da desaceleração da economia, sempre crescemos mais de 10% no País. Não podemos reclamar. Vou ao Brasil duas vezes por ano. É um mercado muito importante para nós”, ressalta.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM