O Walmart acaba de ganhar a inimizade dos bancos e cooperativas dos Estados Unidos anunciando que oferecerá contas correntes de baixo custo aos clientes da marca, focando primordialmente nos cidadãos que não possuem conta em banco nenhum por não terem condições de arcar com as taxas cobradas (dificuldade que já afeta 28% das famílias americanas).
A maior varejista do mundo está se portando inclusive como uma alternativa para ajudar os clientes a controlarem suas finanças diárias. O banco Walmart – GoBank – não cobrará taxas de cheque especial nem de manutenção mensal da conta desde que o cliente deposite pelo menos US$ 500. Do contrário, haverá taxa mensal de US$ 8,95. Depois do depósito inicial, a conta corrente promete não exigir mais saldo mínimo e estar disponível no país até o final de outubro.
A primeira vez que o Walmart tentou fornecer serviços financeiros foi há mais de dez anos, época em que foi criticado, condenado e bloqueado de todas as maneiras pelos órgãos reguladores e banqueiros. Mas não foi suficiente. Em 2012, parceria com a American Express viabilizou que a marca oferecesse cartões pré-pagos aos clientes.
No início do ano, através da própria Green Dot – que oferece também as contas correntes – começou com o serviço de transferência de dinheiro. A tônica da imprensa americana para o caso tem sido de que “os americanos não confiam em banqueiros e os banqueiros não confiam no Walmart”.
O Conselho Consultivo do Federal Reserve (Fed) informou que o Walmart deverá se reportar ao mesmo escrutínio regulatório como qualquer instituição financeira. No lançamento do cartão pré-pago da marca, em 2012, um membro do Fed chegou a dizer que o Walmart teria “entrado pela porta de trás no ramo bancário, sem o quadro regulamentar que se aplica a todas as instituições”.
(Por No Varejo – Escrito por Rômulo Madureira) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM