O Walmart Brasil, terceiro maior supermercadista do País, praticamente deixou de lado a expansão orgânica neste ano para melhorar a eficiência de suas operações e implementar de vez no mercado nacional o conceito de “preço baixo todo dia”, que busca abrir mão de promoções pontuais para oferecer condições mais vantajosas aos clientes de forma permanente. Segundo o presidente da companhia no País, Guilherme Loureiro, o momento é de colocar a casa em ordem. “Estamos simplificando nossas operações para reduzirmos nossos custos e podermos fazer bem aquilo que nos diferencia da concorrência”, afirma.

De acordo com o executivo, a empresa vem apostando no binômio eficiência / produtividade para melhorar seu desempenho no País. “Até agora, não tínhamos efetivamente atuado com preço baixo todo dia, porque para isso precisamos de custo baixo todo dia”, diz. Um processo de integração de processos e sistemas entre as lojas das regiões Sudeste (Walmart e Todo Dia) e Sul (bandeiras adquiridas do grupo Sonae em 2005) deve ser concluído no mês que vem, permitindo que, finalmente, essas operações funcionem como uma única empresa. “Cento e vinte das 160 lojas no Sul já utilizam os mesmos sistemas utilizados no Sudeste, o que já nos trouxe aumento de eficiência e melhoria de processos”, comenta Loureiro, sem, entretanto, entrar em detalhes a respeito dos resultados já obtidos.

O executivo, no comando do Walmart há pouco mais de um ano, acredita que em 2015 o nome do jogo será eficiência. “Os custos de mão de obra, energia, logística e operacionais em geral subirão muito acima da renda da população. Por isso, quem não se preparar desde já precisará correr atrás depois e fazer ajustes mais sérios”, teoriza. “Tínhamos problemas básicos de operação, decorrentes da descentralização da nossa estrutura, mas estamos ganhando eficiência para podermos no futuro acelerar nossa expansão”, explica. Por isso, a abertura de lojas será mantida em banho-maria no ano que vem. “Em 2015 integraremos nossas operações do Nordeste à do Sul-Sudeste e poderemos, a partir de então, pisar no acelerador”, afirma Loureiro.

(Por No Varejo – Escrito por  Renato Muller) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM