O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, avalia que novas quedas nos índices de inflação no atacado serão repassadas aos preços ao consumidor.
Para ele, isso demonstra que a inflação está sob controle, com recuo nos últimos quatro meses.
O secretário comentou hoje (8) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o mês de julho em 0,01%, de acordo com apuração do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada em 12 meses ficou em 6,5%, que é o teto da meta do governo, e 2 pontos percentuais acima do centro da meta, que é 4,5%.
“Haveria repasses na queda de preços do atacado ao consumidor nos próximos meses, como consequência da política econômica, com medidas adotadas desde o ano passado para controlar a inflação. Isso reforça a nossa avaliação de que temos melhora no índice de confiança dos consumidores e melhora do desempenho da economia no segundo semestre”, avaliou.
O secretário disse que existe recuo ainda em itens importantes para o consumo do brasileiro, como vestuário, transporte e educação.
“Para se ter uma ideia, o grupo alimentação e bebida teve um aumento de 4,9%. Abaixo, portanto, do IPCA cheio e abaixo do IPCA no mesmo período do ano passado, que foi 6,02% para esse grupo”, destacou.
Holland avaliou como importante a queda em geral na variação dos índices de preços dos produtos in natura no IPCA, com acumulado de 4,4% no ano.
”No mesmo período do ano passado, os produtos in natura acumulava alta de quase 30%. Portanto, são resultados importante, principalmente para as famílias de baixa renda”, comparou.
O secretário disse que o governo já esperava a queda nos preços nas passagens aéreas e nos hotéis.
Com o fim da Copa do Mundo, o item passagens aéreas foi um dos que mais contribuiu para puxar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para baixo.
Foi registrada queda de 26,86%, o que rendeu uma redução de 0,14 ponto percentual no IPCA geral.
O secretário também falou sobre a situação da economia brasileira e a crise mundial.
“O Brasil não é exceção à regra e estamos em um processo de moderação também nas taxas de crescimento. As economias avançadas ainda apresentam um cenário de moderação, com alguns casos de crescimento modesto e alguns de recessão, como vocês viram na Europa esta semana, disse”.
Ele destacou também o crescimento dos Estados Unidos, que pode ser menor do que o esperado, e reafirmou a expectativa do governo de um desempenho melhor do Brasil no segundo semestre.
“Há melhoras na inadimplência para padrões históricos e o emprego está com taxa muito baixa. Preços estão sob controle e a economia vai se recuperar nos próximos meses”.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM