As consultas para as vendas a prazo recuaram em julho, apesar de promoções realizadas por lojistas após a Copa do Mundo, informaram em nota a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e a SPC Brasil.
Em julho, a queda nas consultas para vendas a prazo na comparação com o mesmo mês do ano passado foi de 0,27%.
Esse é o quinto mês consecutivo de queda neste indicador, embora o ritmo de retração tenha sido o menor desde março. No acumulado do ano, a piora é de 1,28%.
Para Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, o resultado é consequência do desaquecimento da economia, que decorre da escalada dos juros, inflação elevada e menor crescimento da renda do trabalhador.
“Com o cenário econômico enfraquecido, estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de concessão de crédito. O momento é menos favorável ao consumo das famílias, uma vez que o custo para o consumidor comprar a prazo aumentou”, disse.
Na comparação com junho, as consultas para as vendas a prazo cresceram 3,06%. O documento ressalta que essa variação reflete a volatilidade da comparação mensal, e vale lembrar que em julho algumas lojas realizaram promoções após a Copa do Mundo.
Os economistas do SPC Brasil e da CNDL estudam revisar para baixo a projeção de crescimento do comércio para este ano, informou a nota. Atualmente, a estimativa está em 3%.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM