O presidente-executivo da Tesco, Philip Clarke, deve deixar o cargo após a maior varejista britânica alertar que não atingirá previsões de lucro, colocando um abrupto fim a um desastroso reinado de três anos.
Clarke, que gastou mais de 1 bilhão de libras (1,7 bilhão de dólares) em um fracassado plano de reviravolta, será substituído em 1º de outubro por Dave Lewis, executivo da Unilever, que é reconhecido por ter aprimorado diversos negócios do grupo de bens de consumo.
Depois de duas décadas de crescimento ininterrupto nos lucros, a Tesco começou a perder espaço em seu principal mercado, a Grã-Bretanha, nos últimos anos do ex-presidente-executivo Terry Leahy no cargo.
Mais recentemente, a empresa tem sido espremida pelas varejistas de desconto Aldi e Lidl, de um lado, e por mercados mais sofisticados como o Waitrose, de outro. A companhia também tem sido afetada pelo crescimento mais lento no setor de supermercados na Grã-Bretanha em uma década.
Clarke, um veterano da Tesco de 40 anos que começou quando adolescente a empilhar produtos sobre prateleiras em uma loja administrada por seu pai, lutou contra as dificuldades em um amplo plano que incluía o corte de preços, assim como a renovação de lojas e de seu leque de produtos, mas a participação de mercado da varejista continuou a cair.
A Tesco, terceira maior varejista do mundo, disse que as vendas e o lucro no primeiro semestre do ano ficaram abaixo das expectativas. Clarke, que havia dito a repórteres em junho que não iria “a lugar algum”, afirmou nesta segunda-feira que “este é o momento certo para entregar a responsabilidade”.
(Por Exame.com)