Os juros médios ao consumidor cobrados pelas instituições financeiras tiveram, em junho, a décima terceira alta seguida, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). As taxas médias mensais para pessoa física chegaram a 6,03%, o maior patamar verificado desde julho de 2012.
Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, as perspectivas ruins para a economia e a preocupação com a inflação aumentam o risco de crédito, o que pode elevar os índices de inadimplência. “Estes fatores têm levado as instituições financeiras a subirem seus juros acima das elevações da Selic”, diz. A tendência é que os juros mais altos inibam o consumo de bens e serviços que exijam financiamento.
A taxa básica de juros do Banco Central estava em 7,25% ao ano em março do ano passado, e passou a 11% em junho deste ano. No mesmo período, os juros médios para pessoa física subiram de 87,97% ao ano para 101,9%.
Mas não foi só o consumidor que sentiu tal aumento nos financiamentos. Os juros cobrados de empresas também subiram em junho, na comparação com maio. A taxa média para pessoas jurídicas avançou de 3,41% para 3,44% mensais.
(Por Folha de São Paulo)