Está sem tempo para ir ao supermercado? Uma startup brasileira, a Mercode, começa a testar um sistema que permite fazer compras apontando a câmera do smartphone para fotos de produtos em estações do metrô.
A Mercode já funciona há dois meses como uma supermercado virtual na internet. Em seu site, há 2.500 produtos disponíveis para compra. A lista inclui produtos de limpeza, alimentos frescos e industrializados e outros itens comuns em supermercados.
Agora, uma seleção de 90 dos produtos mais vendidos começa a ser oferecida também em estações do metrô de São Paulo. A empresa instalou painéis em três estações da linha 4 (amarela) – Pinheiros, Faria Lima e Paulista.
Nesses painéis, há fotos de gôndolas carregadas de produtos, do sabão em pó à alface. Para comprar, primeiro é preciso baixar um app, disponível para Android (a versão para iOS está prometida para daqui a duas semanas).
Depois, basta apontar a câmera do smartphone para o produto e dar um toque na tela. Há um QR Code ao lado da foto, que é lido pelo aplicativo para registrar a compra. O esquema já faz sucesso em países como Coreia do Sul, Alemanha e Inglaterra.
“Na Coreia do Sul e na Inglaterra, esse tipo de comércio movimenta bastante dinheiro. Na Alemanha, o mesmo sistema é usado para vender cosméticos e outros produtos”, diz Fabio Campos, um dos sócios da Mercode.
A principal vantagem é a conveniência, é claro. A pessoa não precisa ir ao supermercado e nem ligar um computador e entrar num site para comprar. Pode fazer a encomenda em seu caminho de casa para o trabalho, em poucos minutos.
Quando não há sinal de celular no local, o pedido é registrado no smartphone para ser transmitido depois, assim que uma conexão de dados for estabelecida.
A Mercode promete entregar no mesmo dia as compras feitas até as 12h, cobrando uma taxa de entrega de 5 reais. Por enquanto, a empresa só atende aos bairros mais centrais de São Paulo.
Serviço de entregas
Antes de fundar a empresa, Campos já havia criado um serviço de entregas chamado Disk Tudo. Outro sócio, Igor Garcia, havia fundado antes o site Comidasdelivery, para encomenda de comida em restaurantes.
“Essas experiências com entregas nos mostraram que o valor da taxa é crítico para o sucesso desse tipo de comércio. Por isso cobramos só 5 reais. Esse valor encoraja as pessoas a fazerem até compras de valores baixos, como 50 reais”, diz Campos.
Ainda assim, a expectativa da Mercode é que o valor médio por compra fique em torno de 90 reais. O contrato da empresa com a ViaQuatro, dona da linha amarela do metrô de São Paulo, é de um mês.
“É um período experimental para testar esse sistema de vendas. Vamos avaliar os resultados para saber se vale a pena prosseguir com ele”, diz Campos. A operação da empresa é toda terceirizada. Ela não possui estoque próprio de mercadorias.
“Temos parcerias com um atacadista, um distribuidor de hortifrútis, um açougue e uma empresa de logística. Especificamos detalhes como o tipo de embalagem a ser usado e eles fazem a entrega”, diz Campos.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM