As vendas de televisores, de smartphones e tablets vão na contramão da desaceleração que prevalece no varejo neste segundo trimestre.

No Magazine Luiza, por exemplo, as vendas de TVs e itens de telefonia impulsionaram o desempenho da rede entre janeiro e março e continuaram garantindo o crescimento acima das expectativas em abril e maio, conta o presidente da rede varejista, Marcelo Silva.

No primeiro trimestre, o faturamento da empresa cresceu 25,4% em relação ao mesmo período de 2013, considerando as mesmas lojas.

Sem revelar números, Silva diz que em abril e maio os negócios continuaram em ritmo acelerado e a expectativa é de que esse desempenho seja mantido até o início da Copa.

A Fnac é outra rede varejista que diz ter ultrapassado a meta de vendas de TVs para Copa do Mundo. A empresa informa que superou os planos em 50%.

De acordo com Silva, do Magazine Luiza, as vendas da rede estão sendo puxadas, em ordem de grandeza da taxa de crescimento, primeiro pelo e-commerce, seguida pela Região Nordeste e pelos mercados do Sul e do Sudeste. “A preferência é por televisores de telas maiores”, diz o executivo.

Ele observa, no entanto, que, no caso dos eletrodomésticos da linha branca, como fogões, geladeiras e lavadoras, as vendas estão praticamente estagnadas. “Na época de Copa, a preferência do consumidor é pelas TVs.”

Essa também é a percepção de outros varejistas.

De acordo com relatos, as vendas de eletrodomésticos de linha branca e móveis não estão bem e apenas TVs e smartphones estão se destacando, conta o economista da Associação Comercial de São Paulo, Emílio Alfieri, baseado em depoimentos de varejistas.

Preços

O ímpeto do consumidor para comprar uma TV nova para ver os jogos da Copa recebeu ajuda do varejo. Temendo o encalhe, os comerciantes cortaram os preços. Em maio, os preços dos televisores caíram 0,85% na capital paulista, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe.

No mesmo período, a inflação medida pelo indicador foi de 0,25%. Desde janeiro, o preço da TV recuou 5,96% e o IPC subiu 3,06%. Em 12 meses até maio, as TVs ficaram 7,65% mais baratas e o IPC da Fipe subiu 5,36%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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