Os brasileiros estão mudando a forma de consumir açúcar, reduzindo suas compras do produto nos supermercados e ampliando a ingestão via alimentos industrializados e refeições fora do lar. Prova disso é que, no período de 12 meses encerrado em março deste ano, as vendas de açúcar no varejo registraram queda de 7,6% na comparação com os 12 meses anteriores, conforme pesquisa da Nielsen. Foi o segundo ano seguido de forte retração na categoria.
A mudança no hábito de consumo é resultado de dois fenômenos: o aumento da renda, que permite a compra de mais produtos industrializados, e o ritmo de vida mais acelerado, que deixa os consumidores menos tempo dentro de casa. Conforme crescem as refeições fora do lar, a venda de açúcar caminha mais para o segmento industrial do que para o varejista.
A notícia também é ruim para as usinas sucroalcooleiras que produzem açúcar, imprimem sua marca e a levam ao varejo. Isso porque as vendas para o varejo trazem, normalmente, margens maiores do que as vendas industriais para o food service.
O Brasil produz em torno de 37 milhões de toneladas de açúcar por ano, das quais cerca de 25%, ou um volume próximo de 10 milhões de toneladas, ficam no mercado interno. A venda aos clientes industriais alcança cerca 6 milhões de toneladas, enquanto a comercialização com o varejo fica perto de 4 milhões.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM