A Hypermarcas tornou-se, em março deste ano, a maior empresa do segmento de produtos farmacêuticos do Brasil, levando-se em conta a participação de mercado.
De acordo com Cláudio Bérgamo, presidente executivo da empresa, a companhia atingiu participação de 9,9% no primeiro trimestre de 2014, um recorde para o período que a coloca em segundo lugar no ranking.
Mas nos números de março, a Hypermarcas já atingiu a liderança.
“Nosso objetivo, agora, é nos distanciarmos dos concorrentes”, afirmou Bérgamo, em teleconferência com investidores sobre os resultados do primeiro trimestre de 2014.
A empresa registrou aumento de receita de 10,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo 1,05 bilhão de reais.
No setor Farma, que envolve a fabricante de genéricos Neo Química e marcas como Merthiolate, Doril e Gelol, a Hypermarcas cresceu 12,5%. No setor consumo, que envolve produtos de higiene pessoal de marcas como a Bozzano e a Cenoura & Bronze, o crescimento foi de 7,5%.
“A demanda por nossos produtos farma cresceu 23,5%, contra 15,8% do mercado”, afirmou Maritm Mattos, diretor financeiro da companhia.
O foco em fármacos foi uma política adotada pela Hypermarcas há alguns anos e foi refletido em seu investimento em marketing. Enquanto a empresa soltou cinco campanhas publicitárias para seus produtos de consumo no primeiro trimestre, ela soltou 15 para os fármacos.
Planos
A Hypermarcas passou por um longo processo de reestruturação de suas fábricas e linhas de distribuição, que teve fim no início deste ano. “Agora, com a nova estrutura e com o setor farma indo bem, o objetivo é fazer crescer a linha consumo também acima do mercado”, afirmou Bérgamo.
De acordo com o presidente da empresa, o mercado começa a experimentar um “trade down”, isto é, os consumidores estão deixando de buscar marcas premium e estão se voltando para boas marcas com preços mais acessíveis.
“Essas mudanças são lentas, mas elas podem beneficiar nossos produtos”, diz o executivo. Para o segundo trimestre, porém, é difícil prever os resultados, por conta da Copa do Mundo.
“Pode ser que o Mundial incentive o consumo, pode ser que não. Pode ser que tenhamos problemas de abastecimento, por exemplo, ou que manifestações afastem as pessoas das lojas, não temos como saber”, afirma Bérgamo.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM