O ministro da Fazenda afirmou hoje (28/4) que, nos próximos anos, os investimentos em infraestrutura serão a principal prioridade do governo para o fortalecimento da economia brasileira, enquanto os estímulos ao consumo estão sendo retirados. Ele participou nesta manhã do seminário Rumos da Economia, realizado pela revista Brasileiros, para falar da atual situação econômica do País.

“No consumo, os estímulos estão sendo retirados. Serão concentrados agora em bens de capital, que abrangem toda a cadeia produtiva”, afirmou. Para Mantega, depende do setor privado manter os patamares em níveis elevados. “O que está faltando para aumentar o consumo interno é crédito, que nunca esteve tão baixo, embora a inadimplência tenha caído. O setor privado está criando condições mais duras para a liberação de recursos. Mas a tendência maior é que com a queda maior na inadimplência isso vá melhorando”, previu o ministro.

O novo momento das diretrizes da política econômica do governo pode ser sentido nas previsões de alguns indicadores divulgados na apresentação de Mantega. Segundo o ministro, até 2022 o consumo interno deve crescer em uma média de 3, 6% ao ano, abaixo da taxa de 7% prevista para os investimentos. Na lista de “prioridades da política econômica para os próximos anos”, apresentada por Mantega, o mercado interno apareceu em terceiro lugar, atrás dos investimentos em infraestrutura e dos estímulos à produtividade e inovação.

Mantega previu um crescimento do PIB de 2,5% para este ano, discordando das projeções mais pessimistas do setor privado. Para 2015, a taxa sobe a 3% e, nos dois anos seguintes, a 4%. O ministro relacionou o fortalecimento do PIB à recuperação da economia mundial, que, segundo ele, “já começou,  mas ainda de forma incipiente”.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM