O Facebook anunciou na tarde desta quarta-feira, 19, que adquiriu o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp por US$ 16 bilhões – US$ 12 bilhões em ações e US$ 4 bilhões em dinheiro. A notícia foi divulgada a partir de um documento entregue pela empresa de Mark Zuckerberg à SEC (Securites and Exchange Comission), comissão responsável por fiscalizar as atividades das companhias abertas dos Estados Unidos. O Facebook deve usar mais US$ 3 bilhões para doações de ações para empregados do WhatsApp, um aplicativo que tem mais de 450 milhões de usuários ativos e é o líder no ramo de mensagens instantâneas hoje em dia. É a maior aquisição do Facebook na história – até então, o recorde pertencia ao Instagram, comprado por US$ 1 bilhão pela empresa de Mark Zuckerberg em abril de 2012. Em 2013, o CEO do Snapchat Evan Spiegel anunciou ter recusado uma oferta de compra do aplicativo por Zuckerberg pelo valor de US$ 3 bilhões.
No início de 2013, já correram boatos de compra da empresa pelo Google e pelo Facebook, com ofertas que giraram em torno de US$ 1 bilhão – o mesmo valor pago pelo Facebook pelo Instagram. A ascensão do WhatsApp e de serviços similares como Viber (comprado por US$ 900 milhões por empresa japonesa na última sexta), WeChat, KakaoTalk e Line tem sido motivo de preocupação pelas operadoras, que deixaram de lucrar com SMS desde o crescimento desses aplicativos.
A se julgar pelo seu crescimento em 2013, o WhatsApp ganha cerca de 50 milhões de usuários a cada dois meses, em média. O CEO e fundador do WhatsApp, Jan Koum, irá se juntar ao Facebook como executivo e se tornar parte do conselho diretor da rede social.
Segundo comunicado à imprensa do Facebook, a aquisição apoia a missão “conjunta” das duas empresas de “trazer mais conectividade e utilidade ao mundo” entregando serviços de modo “eficiente e acessível”.
Em seu perfil na rede social, o fundador Mark Zuckerberg exaltou o WhatsApp como um serviço “simples, rápido e confiável” e que recebe um milhão de novos usuários por dia. Zuckerberg disse que a equipe do Whatsapp continuará a trabalhar normalmente em sua sede em Mountain View, no Vale do Silício, com a empresa continuando a operar “de maneira independente” dentro do Facebook.
Zuckerberg explicou que o WhatsApp não canibalizará o próprio serviço de mensagens do Facebook, o Facebook Messenger, já que eles servem “a propósitos tão diferentes e úteis”. Segundo ele, com o Messenger o usuário se comunica com seus amigos de Facebook e o WhatsApp é usado para todos os contatos e pequenos grupos de pessoas. Disse ainda que continuará investindo nos dois produtos.
O executivo elogiou o caráter acessível do aplicativo de mensagens e acrescentou que espera vê-lo se integrando ao projeto Internet.org, parceria entre grandes empresas da tecnologia que inclui Nokia, Samsung e Qualcomm e que tem como objetivo tornar a internet “acessível a todo mundo.
[Fonte: Estadão]Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Núcleo de Estudos e Negócios , Retail Lab