Depois de 200 anos no controle do grupo francês PSA Peugeot Citroën, a família fundadora de uma das maiores montadoras do mundo se viu obrigada a vender parte de seu capital – e abrir mão do comando. A crise financeira e consequente queda nas vendas fizeram com que o clã assinasse um pré-acordo com o Estado francês e a montadora chinesa Dongfeng para um aumento de capital.
Pelo acordo, o Estado francês e a empresa estatal chinesa Dongfeng vão desembolsar 800 milhões de euros cada um para ter direito a 14% do controle da fabricante.
Em contrapartida, a Peugeot renuncia ao controle de cerca de 20% de suas ações e reduz de quatro para dois o número de representantes do clã na direção da empresa cairá de quatro para dois. A fabricante também deixará de lado o direito de voto duplo de 38,1%.
Final de março
Há especulações de que a presidência da companhia, hoje nas mãos de Thierry Peugeot, seria alterado. Carlos Tavares, executivo que Renault, seria o mais cotado para o cargo, segundo jornais franceses.
A Peugoet emprega hoje 90.000 pessoas no país.
“Nós tomamos uma decisão de patriotismo econômico e industrial”, disse o ministro da Indústria da França, Arnaud de Montebourg.
O acordo final deve ser assinado no final de março, quando o presidente chinês, Xi Jinping, visitará a França.
[Fonte: Exame]Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Núcleo de Estudos e Negócios , Retail Lab