A Pesquisa de Orçamento Doméstico, divulgada pela Fecomércio Minas (Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais), mostrou que o consumidor belo-horizontino continua preocupado. Do total dos entrevistados em janeiro, 82% planejam os gastos, índice acima dos 72% apurados em dezembro.
Do total dos consumidores que disseram, em janeiro, que planejam os gastos domésticos, 39,8% afirmaram que seguem rigidamente o orçamento, percentual acima dos 35,1% apurados em dezembro do ano passado. Ainda no primeiro mês deste ano, 33,5% dos entrevistados planejaram e seguiram parcialmente, apresentando um aumento de 3,6 pontos percentuais em relação a dezembro.
Já os consumidores que planejaram o orçamento mensal, mas não conseguiram seguir, representaram 8,7% em janeiro, o que consolidou um crescimento de 1,7 ponto percentual em relação ao mês anterior.
“Há uma diferença entre o que antecede a compra que é a intenção e o planejamento, e a compra propriamente dita. Mas a pesquisa mostra que isso vem melhorando no Brasil, especialmente em momentos em que a economia não dá bons sinais”, explicou Gabriel de Andrade Ivo, economista da entidade.
Entre os entrevistados, 60,7% afirmaram que pagam suas contas em dia, mas não sobra nenhum recurso no final do mês, e 38,7% cumprem o orçamento, com sobras nas despesas. Porém, 21% dos consumidores afirmaram que compram por impulso, um dos motivos que, segundo o economista, atrapalha no cumprimento do orçamento.
O cartão de crédito continua como o maior vilão para os consumidores da capital mineira. A pesquisa mostrou que 64,5% dos entrevistados têm seus compromissos financeiros atrelados a pagamentos dessa modalidade. O cheque pré-datado respondeu por 10,9% e o cheque especial, por 5,4%.
[Fonte: SM] Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Núcleo de Estudos e Negócios , Retail Lab