É o que aponta pesquisa feita pela Nielsen. O consumo de bebidas não alcoólicas, cesta que teve um crescimento de 0,3% entre novembro de 2012 e 2013, está mudando no Brasil. Apesar da queda de 1,9% no volume de vendas das categorias que compõem esta cesta, no período de um ano, impulsionada pela menor frequência de compra (foram 58 vezes ao PDV, duas a menos que no período anterior), os brasileiros intensificaram os gastos com esses produtos, desembolsando 8% a mais.
Jefferson Silva, gerente da área de Homescan da Nielsen, esclarece que, apesar da retração em volume das cestas, duas categorias específicas apresentam crescimento: suco pronto e água mineral. O consumo da categoria de suco pronto ganhou mais de 1,7 milhão de novos domicílios, predominantemente do Sul do País e da Grande Rio de Janeiro, em lares com nível socioeconômico médio, com donas de casa de 51 anos ou mais. Além disso, houve um aumento no volume dos lares que já consumiam a categoria: foram 800 ml a mais por domicílio consumidor no ano. “Mais consumidores estão buscando itens que passem a percepção de saudabilidade e praticidade”, pontua o executivo.
Água mineral
Já água mineral se destaca pela intensidade de compra: são 17 litros a mais por domicílio. Em 2012, 37,3% da compra desta categoria era realizada no porta a porta, percentual que, em 2013, caiu para 23,6%, enquanto bares e mercearias cresceram de 17,5% para 36,5%.
“As estratégias devem considerar as diferenças regionais. Fortaleza, Recife, Zona Sul de São Paulo, Campinas e Florianópolis são áreas metropolitanas onde os consumidores que mais gastam com a cesta também gastam mais com água mineral, ou seja, são áreas com potencial para as marcas de água mineral. Para Suco Pronto, as áreas com maior potencial são Salvador, Belo Horizonte e Distrito Federal”, finaliza o gerente.
[Fonte: SM] Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Núcleo de Estudos e Negócios , Retail Lab