Nesses dois Estados, o frio intenso e seguidas tempestades quebraram a safra de alguns hortifrutis, ameaçando o varejo com altas nos preços dos produtos. Na região de Marília, interior de São Paulo, hortaliças devem ficar 50% mais caras, enquanto o tomate e o quiabo devem subir 10% e 30%, respectivamente.

Segundo Odracyr Capponi, gerente do Ceasa de Marília, os preços maiores deverão aparecer em uma semana. “Diversas regiões foram afetadas. Até agora o valor se mantinha estável, porque os produtores não tinham sido prejudicados. Mas a partir de semana que vem devem subir”, explica.

Capponi afirma que há perspectiva de escassez de alguns produtos, por causa da concorrência e da menor oferta. “O Paraná também foi muito prejudicado e está do nosso lado. Como vão faltar produtos lá, o pessoal virá procurar aqui na região. O pouco que temos, vamos ter que dividir”, admite.

Para o valor baixar, o clima precisa esquentar. Com as temperaturas aumentando, o Ceasa prevê que, em 30 dias, os preços se normalizem.

Cautela

Segundo Eduardo Kawakami, vice-presidente da Apas (Associação Paulista dos Supermercados) na região de Marília, é preciso esperar um pouco mais para avaliar os impactos dos fatores climáticos sobre os produtos. “Muitos fatores naturais realmente prejudicaram a produção. Mas o Brasil é um país grande e há regiões que não foram afetadas”, afirma.

De acordo com ele, o tamanho do estrago provocado pelas baixas temperaturas e chuvas só poderá ser mensurado na próxima semana.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo