Estudo da companhia descobre a nova rota do comércio eletrônico e aponta que o mercado de exportação online crescerá 200% até 2018
Com a economia mundial ainda em recuperação, empresas e exportadores podem alavancar seus negócios com vendas online internacionais. Ao todo, serão mais de 94 milhões de pessoas realizando compras online em sites estrangeiros, totalizando um faturamento de US$105 bilhões. É o que aponta a pesquisa realizada pelo PayPal, intitulada Modern Spice Routes: The Cultural Impact of Cross-Border Shopping, em português, Rotas Modernas das Especiarias: Impacto Cultural das Compras Transnacionais.
O levantamento analisa os gastos com compras online em sites estrangeiros e o comportamento do consumidor em seis grandes mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, China e Brasil. Entre os brasileiros, o montante gasto, até o final deste ano, deve atingir cerca de R$ 2.6 bilhões em compras em sites estrangeiros.
Um estudo da EBay afirma que as vendas online de produtos devem triplicar nos próximos cinco anos, visto a maior facilidade dos consumidores em comprar na internet. A pesquisa, realizada pela Nielsen, aponta que o comércio eletrônico entre Austrália, Brasil, China, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos irá elevar suas vendas de US$ 105 bilhões neste ano para R$ 307 bilhões no ano de 2018.
O estudo mapeia de forma inédita os principais caminhos do comércio eletrônico global e algumas tendências e oportunidades deste mercado de exportação online, como:
Até o final deste ano serão mais de 94 milhões de pessoas realizando compras online transnacionais. Ao todo, serão faturados US$105 bilhões. Até 2018, haverá um aumento de quase 200% no volume transacionado, totalizando US$307 bilhões em faturamento com 130 milhões de consumidores. Apenas no Brasil, este aumento será de 546%, totalizando o montante de quase R$ 17 bilhões.
Os destinos internacionais do e-commerce mais populares são:
Estados Unidos (45%)
Reino Unido (37%)
China continental (26%)
Hong Kong (25%)
Canadá (18%)
Austrália (16%)
Alemanha (14%).
Já os brasileiros optam primeiro pelos Estados Unidos (79%), seguido pela China (48%), Hong Kong (17%) e Reino Unido (17%).
As principais categorias de compras para os compradores transnacionais nestes seis mercados são: vestuário, calçados e acessórios (US$12,5 bilhões); remédios e cosméticos (US$7,6 bilhões); joias e relógios (US$5,8 bilhões); eletrônicos pessoais como tablets e smartphones (US$6 bilhões); computadores e hardware (US$6 bilhões); e eletroeletrônicos (US$5,4 bilhões).
As maiores razões para aquisições online em portais estrangeiros são: a economia de dinheiro (80%) e a variedade de produtos (79%). Este cenário também mostra que o comprador transnacional busca por itens estrangeiros autênticos e de alta qualidade, além de preços mais em conta.
“O surgimento destas rotas das especiarias modernas é uma grande notícia para as empresas. Nossa mensagem para os comerciantes a seguinte: se você está à procura de novas maneiras de aumentar suas vendas, especialmente neste momento de recuperação econômica, comece a vender diretamente aos 94 milhões de consumidores existentes nestes seis mercados. Assim, terá a oportunidade de conseguir um pedaço deste segmento que vale US$ 105 bilhões de dólares. Para os consumidores, comprar itens em outra moeda ou país nunca foi tão fácil, e tornar este processo seguro é o promessa de proteção que o PayPal oferece”, afirma David Marcus, presidente do PayPal.
Mike Walsh, futurólogo independente, analisou as conclusões da pesquisa: “Ao longo da história, onde quer que houvesse comércio de bens, essa troca tinha um impacto cultural, além de comercial. Enquanto em tempos antigos as especiarias e sedas do Oriente influenciaram a comida e a moda do Ocidente, hoje este cenário é mais complexo: com o surgimento de microculturas que agem conforme as inúmeras maneiras que os indivíduos se expressam, inclusive comprando em um mercado virtual global”.
Os brasileiros estão nesta lista dos que mais buscam produtos em sites norte-americanos: o estudo estima que os consumidores daqui movimentem R$ 1.3 bilhão em compras nos EUA até o final de 2013. Outro destaque apontando pela pesquisa é que o volume concentrado em sites chineses já atinge R$ 600 milhões, significativamente acima do primeiro mercado europeu na lista, o Reino Unido, com R$ 127 milhões.
“O estudo mostra o alto potencial de compra do brasileiro e, em paralelo, demonstra que este mercado traz inúmeras oportunidades a diversos segmentos do comércio brasileiro, que buscam expandir seus negócios para além das fronteiras nacionais”, Mario Mello, diretor geral do PayPal para a América Latina. Ao todo, até o final deste ano, serão mais de 88 milhões de estrangeiros consumindo em sites brasileiros, movimentando R$ 1,5 bilhão. Até 2018, este montante deverá atingir os R$ 4 bilhões.
No Brasil, até o final deste ano, os americanos gastarão R$ 849 milhões; seguidos dos britânicos, com R$ 115 milhões; alemães, com mais de R$ 88 milhões; australianos, com cerca de R$ 9,5 milhões; chineses, com R$ 400 milhões.
Além do tamanho e potencial do mercado de compras online transnacionais, a pesquisa também destacou as principais preocupações dos consumidores que compram de comerciantes estrangeiros:
• Quase 7 entre 10 (69%) compradores transnacionais online citaram o medo do roubo de identidade e fraude como os principais empecilhos para efetuar um pagamento online transnacional. No Brasil, este percentual é de 66%.
• Segundo a média global, 9 entre 10 (88%) compradores internacionais online acreditam que a proteção ao comprador é importante ou muito importante ao fazer uma aquisição em sites internacionais. Localmente, este percentual sobe para 94% dos entrevistados brasileiros.
No Brasil, as vendas no comércio eletrônico brasileiro em 2013 devem atingir R$ 28 bilhões, registrando crescimento de cerca de 24% sobre os R$ 22,5 bilhões faturados em 2012, segundo a consultoria e-bit.
(Por NoVarejo – Escrito por Erica Franco) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo