A multinacional trouxe de volta ao Brasil a batata frita Lay’s, que estava fora do mercado nacional há treze anos. Principal marca da companhia no mundo, com vendas anuais de US$ 12 bilhões, o salgadinho é o maior investimento da divisão de alimentos da companhia neste ano no País.

A Lay’s faz parte de um plano maior, lançado há dois anos, quando a PepsiCo decidiu aumentar seus investimentos nas marcas de alimentos. Os investimentos, cujo valor não foi informado, cresceram 20% em 2013 e 2014, em relação ao ano de 2012.

A distribuição da batata Lay’s começou em novembro, em São Paulo e Rio de Janeiro, e vai chegar paulatinamente a todo o País neste primeiro semestre. A linha está sendo fabricada em Sete Lagoas (MG), a 72 km da capital mineira.

Há 75 anos no mercado, Lay’s está presente em mais de 60 países. “O Brasil era o único País importante para a PepsiCo que ainda não tinha a marca”, diz Andrea Álvares, diretora geral da divisão de salgadinhos da PepsiCo. O País é a quarta operação global do grupo.

A PepsiCo havia trazido Lay’s ao País em 1999, com produção em Itu (SP), mas o item durou menos de dois anos no portfólio. “O mercado não estava tão maduro, e preferimos tirar a marca para preservá-la”, diz Andrea. “Hoje o mercado está mais aberto a inovação”.

O portfólio inicial de produtos é formado por dois tamanhos (33 e 90 gramas) e três sabores: clássico, ‘sour cream’ e picanha. Os dois primeiros são os mais vendidos no mundo, e o último foi desenvolvido para o Brasil. A embalagem, um saquinho que se abre facilmente e pode ficar em pé sobre uma mesa, é uma concepção brasileira.

A PepsiCo é dona de Ruffles, que tem 60% do mercado de batatinhas no Brasil. Andrea explica que o público-alvo das duas marcas é diferente. Ruffles atrai adolescentes, enquanto Lay’s – mais fina e mais seca – é para jovens adultos. “Deve haver um pouco de canibalização, mas o mercado ainda é pequeno e vemos espaço para as duas crescerem”, diz Andrea.

O mercado de salgadinhos cresceu cerca de 3% em volume e 10% em faturamento no ano passado, até o terceiro trimestre. Para 2014, Andrea projeta um aumento de até 15% no volume de vendas de salgadinhos antes e durante a Copa, mas o movimento no segundo semestre é mais incerto.

 

(Fonte: SMvarejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios , retail lab