A receita líquida da marca de luxo britânica Burberry atingiu 528 milhões de libras esterlinas (US$ 866,6 milhões) no terceiro trimestre do ano fiscal de 2014 (outubro a dezembro de 2013), informou hoje a companhia, em prévia de resultados operacionais. A alta, frente aos mesmos meses do exercício anterior, foi de 14%.

As vendas comparáveis, ou seja, excluindo o efeito cambial e lojas abertas há menos de um ano, subiram 12% no mesmo período. O melhor desempenho no intervalo foi apresentado pela região que engloba Ásia e Pacífico, com crescimento de dois dígitos, impulsionado pelas vendas na China e na Coreia do Sul.

O mercado aprovou o resultado operacional e as ações disparavam hoje na Bolsa de Londres. Há pouco, os papéis avançavam 4,77% e eram cotados a 15,39 libras, maior nível desde outubro.

Segundo a Burberry, a expansão das vendas de roupas e acessórios foi causada, principalmente, pelo período das festas de fim de ano. Enquanto o tráfego de consumidores nas lojas permaneceu mais fraco, o comércio eletrônico ajudou na alta do faturamento. Acessórios, principalmente de couro, e fragrâncias como a “Rhythm for Men”, foram os produtos mais procurados.
“Estamos felizes com o aumento de 12% nas vendas comparáveis no importante período festivo, em linha com nossas expectativas”, afirmou, em nota, a presidente do grupo, Angela Ahrendts. “O câmbio, porém, vai representar um peso sobre as operações daqui para frente e o ambiente macroeconômico continua incerto”, disse.
Mesmo com a perspectiva de piora nos próximos trimestres, a britânica resolveu não mudar suas projeções para o restante do ano fiscal. A meta é alcançar crescimento próximo a 5% na receita por conta das aberturas de loja no varejo e faturamento até 10% maior no atacado. A expectativa também é de incremento na área de licenciamento de produtos.
(Fonte: Valor Economico ) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios, retail lab