O GPA (Grupo Pão de Açúcar), controlado pelo francês Casino, avalia a possibilidade de mudanças no alto comando. Fontes ligadas à companhia disseram ao jornal Valor Econômico que está sendo discutida a hipótese da saída de Enéas Pestana, presidente do GPA, a partir deste ano. A empresa não se manifestou sobre o assunto.

Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo informou que Pestana deixará a companhia. Na presidência do GPA desde o início de 2010, o executivo foi contratado por Abilio Diniz, ex-sócio dos franceses, em 2003 como diretor administrativo. Caso Pestana deixe o cargo, a mudança deve refletir a existência de “interesses convergentes” do controlador e do executivo.

O Casino entende que Pestana conduziu bem o grupo na fase de transição do controle das mãos de Abilio para Jean-Charles Naouri, do Casino. E guardou distância da briga entre franceses e Abilio. Financista formado em ciências contábeis, Pestana vem entregando resultados, amparado por uma equipe de varejistas e especialistas, e inspira confiança no mercado. Ainda assim, circularam informações, nas últimas semanas, sobre um desejo do controlador de buscar outro nome para o cargo.

Pessoas próximas a Pestana entendem que ele pode ter discutido sua saída com os franceses por considerar que, após quatro anos no cargo, já entregou metas a que se propunha: a recuperação de resultados (especialmente da Via Varejo), reorganização do organograma do GPA e definição de uma estratégia de longo prazo, alinhada com o Casino. Uma eventual saída, se acertada, deve ser feita sem ruídos, dentro de um processo de transição de comando.

 

Fonte: (Supermercado Moderno) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Retail Lab