Segundo pesquisa da Michael Page, 57% dos brasileiros e 56% dos mexicanos tiveram aumento nos últimos 12 meses, ainda que moderados

Embora os indicadores macroeconômicos demonstrem claramente que a economia mexicana esteja em um momento de expansão mais favorável que a brasileira, um estudo da Michael Page que avaliou o varejo nos dois mercados, revela que a situação dos executivos desse setor nos dois países são parecidas.

A consultoria, que é líder mundial em recrutamento executivo, entrevistou 615 profissionais nos 2 países, 66% brasileiros e 34% mexicanos. Com 13 anos em operação no mercado brasileiro, a Michael Page realiza, em média, 6 mil contratações anualmente. O varejo responde por 5% das contratações no país. No México, está presente há 7 anos e contrata 1,2 mil profissionais  por ano, sendo 4% para o varejo.

O estudo aponta que 57% dos profissionais de varejo no Brasil tiveram aumento no período, enquanto no México foram 56%. De acordo com Zuca Palladino, os países pesquisados na América Latina não vão nada mal se comparados a outros países como os da União Europeia. O motivo para o inflacionamento dos salários nos dois países é o mesmo: falta de mão de obra qualificada para acompanhar a complexidade das operações que vivem momento de expansão.

Loja e Corporativo
A Michael Page dividiu os profissionais deste estudo em dois grupos: operações (loja) e corporativo (áreas administrativas e de backoffice). “No Brasil, o crescimento do setor de shoppings centers e o aumento no mix de varejistas provocaram um esgotamento de profissionais mais qualificados, com inglês fluente e especialização. Além disso, são poucos profissionais de outros segmentos da economia que se interessam pela rotina 6×1 do setor”, afirma Palladino. O headhunter informa, ainda, que a situação no México é parecida, embora o varejo brasileiro esteja vivendo um momento de competição mais acirrada entre seus players.
Entre os profissionais que atuam na área corporativa das empresas de varejo o inglês ainda acaba sendo um diferencial importante. “No máximo 3 em cada 10 profissionais são fluentes no idioma”, explica Palladino. Segundo ele, os profissionais com noções de gestão de Lucros e Perdas (P&L) são disputados a peso de ouro.
Aumento magro
A maioria dos profissionais brasileiros e mexicanos tiveram aumento entre 6 e 10% (20,6% nas lojas e 28% no corporativo). Os que tiveram aumento de até 5% foram 15,6% dos profissionais nas lojas e 17% dos corporativos. O estudo detectou ainda um pequeno grupo que conferiu retração salarial no período, 3,8% nas lojas e 2% no corporativo.
Confira o gráfico:
Bônus Gordo
O estudo revelou que 70% dos profissionais do varejo, nos dois países, receberam bônus. “Ainda é o principal estímulo ao profissional de campo, que atua nas lojas”, analisa Palladino.
O pagamento de bônus foi maior na área de operações (lojas), com 23% dos entrevistados afirmando ter recebido bônus que representou mais de 51% de seu salário anual.
No corporativo, o bônus foi menor: 18% dos profissionais afirmam ter recebido um bônus que representou mais de 51%. 34% dos profissionais da área corporativa afirmam ter recebido bônus proporcional entre 0% e 10% do seu salário anual.

(Por NoVarejo – Escrito por  Redação) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo