Ainda não foi batido o martelo, mas o empresário e o novo conselho de administração para a BRF estão analisando mudanças na organização da empresa e na equipe de vendas, além de corte de custos e redução do capital investido. O objetivo da reestruturação é elevar a lucratividade da BRF e melhorar o retorno para os acionistas.

Segundo a Folha de S. Paulo apurou, uma parte das mudanças deve ser analisada pelo conselho na reunião marcada para o próximo dia 26. O restante pode ocorrer em agosto.

A análise dos novos gestores da BRF é de que a empresa tem uma estrutura organizacional muito hierarquizada, com a existência de presidente e vice-presidentes.

 

Estrutura matricial

Está em análise uma estrutura matricial, organizada por áreas e regiões. Uma opção é criar os postos de presidente-executivo global e presidentes-executivos regionais, abandonando a divisão entre mercado interno e externo.

O assunto foi tema de reunião do comitê executivo da BRF, formado por Abilio e pelos conselheiros Sérgio Rosa (Previ), Pedro Faria (Tarpon), e Valter Fontana (ex-Sadia).

Também é possível que ocorram mudanças na equipe de vendas, conforme relatório publicado ontem pelo Bank of America, com base em conversa que analistas tiveram com a direção da BRF.

A BRF possui cinco times de vendas, divididos pelas marcas. A avaliação é que uma divisão por tipo de cliente seria mais eficiente.

Se isso ocorrer, poderia abrir espaço para demitir vendedores, o que não ocorreu após a fusão ou após a venda de ativos para a Marfrig. Na época, a BRF quis evitar que a “inteligência” de vendas fosse para a concorrência.

A empresa também estuda cortes de custos, com mais eficiência nas fábricas e nos centro de distribuição, e redução de investimentos.

Para 2013, a projeção da BRF é investir R$ 1,5 bilhão, abaixo dos R$ 2 bilhões do ano passado.

Outro foco de atenção é reduzir o capital imobilizado (como imóveis). Uma hipótese é vender as granjas de matrizes de frango – onde nascem os pintinhos que serão engordados por terceiros.

Na antiga Sadia, 100% das granjas de matrizes eram próprias. A ideia é estimular os criadores a se tornarem donos das matrizes. Procurada pela reportagem da Folha de S. Paulo, a BRF não concedeu entrevista.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo