Apesar das facilidades de pagamento como cartões de débito e crédito, a utilização de dinheiro ainda é muito presente no varejo. De acordo com dados divulgados pela British Retail Consortium, na Europa, em 2011, 58% das transações desse setor foram realizadas com moedas e notas.
No Brasil, essa realidade não é diferente. Segundo dados do Banco Central, também em 2011, o volume total de notas em circulação no país era de 166 bilhões de reais, quase seis vezes mais a quantia registrada há dez anos antes. Ainda segundo o levantamento, a quantidade de notas de 100 presentes subiu 21,3% de 2010 para 2011.
Pensando nisso, algumas empresas oferecem aos lojistas soluções para lidar com todo esse dinheiro. Uma delas é um cofre inteligente, que possui um software que controla a quantidade de notas. “O varejista consegue acompanhar e controlar on-line e em tempo real tudo o que ocorre com os cofres de suas lojas. Obtém relatórios dos depósitos realizados por operador, individualmente, melhora os processos na tesouraria, rejeita notas falsas, auxilia a coleta de dinheiro pelas empresas de transporte, além de tornar a ´lida´ com o dinheiro mais segura”, explica Adriano Sambugaro, diretor de Marketing da Gunnebo Gateway Brasil, empresa que vende o InteliSafe, que é gerenciado por um data center. O contador de notas contabiliza tudo o que entra no caixa, evitando erros, e tem capacidade para até 50 cédulas, de diferentes valores, com velocidade de 1,2 segundo por unidade.
Segundo Ruy Nazarian, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), o dinheiro não é a forma necessariamente mais prática de se receber por um pagamento, mas compensa por não envolver as taxas que os cartões geram. “Os cartões de crédito/débito possuem uma sistemática de uso muito mais prática e simplificada. Contudo, para o comerciante, a desvantagem está nas taxas administrativas das bandeiras adotadas pela loja. Para muitos lojistas, essas taxas acabam sendo exorbitantes e um tanto interferentes sobre seus respectivos caixas”, comenta.
(Por NoVarejo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo