>Com maior consumo da classe C, indústrias vão produzir a marca recorde de um bilhão de litros neste ano e já mostram lançamentos

As indústrias de sorvete, mercado que movimenta R$ 2 bilhões no País, já começaram a contagem regressiva para o fim do inverno no País. A poucos dias do início da primavera, o setor espera superar pela primeira vez na história a marca de um bilhão de litros produzidos. A Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (Abis) estima que a produção vai crescer 15% em 2010 na comparação com o ano passado, quando foram produzidos 995 milhões de litros.

As grandes marcas já se preparam para vender mais neste verão, com expectativas de taxas de crescimento entre 10% e 25% da demanda. A lista inclui desde marcas mais populares, como a Kibon, líder de mercado em todas as regiões do País, e a Jundiá, fabricante da região de Jundiaí (SP), como também as marcas de sorvetes premium La Basque, controlada pelo banqueiro Aloysio Faria, a Häagen-Dazs, cujos sorvetes são importados da França, e a rede de chocolates Kopenhagen, que entrou no segmento em 2008.

Entre 2002 e 2009, o consumo do sorvete no País cresceu 40%. Mais recentemente, o aumento da renda, principalmente da classe C, deu novo impulso ao setor. “As classes C e D estão comprando produtos que antes não consumiam e o sorvete é um deles”, afirma Eduardo Weisberg, presidente da Abis.

O consumo de sorvetes per capita aumentou 27% em oito anos. Em 2002, cada brasileiro consumia quatro litros por ano. No ano passado, esse volume atingiu 5,2 litros e espera-se que esse total chegará a 6 litros em 2010, com um aumento de 15%. (…)

Por Daniela Barbosa e Claudia Facchini, iG São Paulo 30/08/2010