Elas ocupam cada vez mais seu espaço dentro dos lares brasileiros. Ou seja, 52% dos 8.200 lares colocaram ao menos um produto de marca própria em suas despensas, segundo o levantamento da Kantar Worldpanel.Parte desse aumento se deve ao aumento do consumo das classes sociais, dentre elas 60% das classes A e B adquiriam algum produto dessa linha em 2012, enquanto a classe C registrou 52% e a D e E, 49%.

Apesar de uma participação mais alta, o dinheiro gasto com a compra de marcas próprias nas classes AB e C é o mesmo, já que os dois grupos investem 40% de seus gastos com bens não duráveis nesse tipo de produto. Já a classe DE investe apenas 20% para esse consumo.

“Os produtos de marcas próprias já não são mais relacionados a preço baixo devido a baixa qualidade; hoje 84% dos consumidores desse tipo de produto justificam sua escolha considerando serem itens de boa qualidade”, explica Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel. “74% da amostra também considera o preço na hora de fazer sua escolha, contudo, sua busca é o preço mais acessível para produtos de valor agregado. Ou seja, não existe mais a interpretação de que o preço inferior significa qualidade inferior”, define.

O estudo também detalhou quais as categorias de produtos que as pessoas colocam em seu carrinho durante as compras, conforme segue:

 

 

 

 

 

 

 
Perfil do consumidor de marcas próprias

Os “experimentadores” e os “observadores/analíticos” – como são classificados os consumidores de marcas próprias: pessoas abertas a experimentar marcas diferentes e novidades – representam respectivamente 28% e 21% desse cenário. E no que se refere ao perfil do lar, as donas de casa acima dos 50 anos e as famílias com filhos adultos são os principais destaques.

Perfil dos que não consomem

Dentre os que não consomem em momento algum esse tipo de produto, o destaque vai para os consumidores “apressados”, que representam 27% do grupo, para as donas de casa com até 29 anos e os lares independentes, como casais sem filhos.

A pesquisa revela inclusive que o consumidor das marcas próprias ainda não é fiel ao produto: 32% do grupo afirma comprar raramente esse tipo de produto, enquanto 7% alegam comprar “sempre” esse tipo de produto e 8% se manifestavam constantes.

“Os motivos apresentados pelo grupo que afirma nunca comprar marcas próprias nos fornece um mapa das possibilidades de desenvolvimento da categoria no País”, explica Christine, alegando que 62% deles relatam não encontrar esse tipo de produto nos pontos de venda onde fazem suas compras. “O que significa que ser um não consumidor não é uma opção dele”, conclui.

(Por NoVarejo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo