A temporada de divulgação dos resultados obtidos pelas empresas em 2012 está a pleno vapor. Apenas um dia depois do Google anunciar, na última terça-feira 22, uma receita recorde de US$ 50 bilhões em 2012, a rival Apple despeja outra cifra bilionária no mercado, de US$ 54,5 bilhões em vendas somente no primeiro trimestre fiscal de 2013 (encerrado em 29 de dezembro de 2012), a maior receita da história da companhia criada pelo lendário Steve Jobs. Mesmo representando alta de 17,6% ante o mesmo período 2011 e com lucro estável de US$ 13,1 bilhões, o desempenho foi 0,7% inferior às projeções anteriormente esperadas pelos analistas do mercado de capitais, o que fez com que as ações da companhia caíssem 9,75% no “after market” (negociações após o fim do pregão).
A decepção está ligada à dúvidas sobre a perenidade das inovações da marca. A Samsung, por exemplo, já superou a Apple na compra de semicondutores. Segundo informações da consultoria Gartner divulgadas nesta quarta-feira 23, os gastos da multinacional sul-coreana com chips foi de US$ 23,9 bilhões em 2012, alta de 29% em relação ao exercício anterior. Já a Apple comprou US$ 21,4 bilhões em chips, um crescimento de 14%, o que reforça a percepção de que a empresa hoje liderada por Tim Cook teria diminuído as encomendas de componentes em função da reduzida procura pelo novo iPhone 5.
Os números do balanço
No comunicado oficial referente ao balanço do primeiro trimestre fiscal de 2013, Tim Cook reporta uma receita de US$ 30,66 bilhões, aumento de 28% em valor, proveniente da venda de 47,8 milhões de iPhones, volume 29,2% superior ao registrado um ano antes. Já os iPads somaram vendas de 22,9 milhões de aparelhos, alta de 48,7% em volume, e receita de US$ 10,67 bilhões, acréscimo de 22% em valor. Na contramão, as vendas dos computadores pessoais Mac tiveram queda de 21,5%, para 4,1 milhões de unidades no trimestre, e os iPods também recuaram 17,5% em volume, para 12,7 milhões de unidades.
(Por Meio & Mensagem) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo