A atividade varejista no Brasil encerrou 2012 com crescimento acumulado de 6,4 por cento, o menor ritmo de expansão dos últimos três anos, informou a Serasa Experian nesta terça-feira.
O resultado ficou ligeiramente acima do crescimento de 6,1 por cento visto em 2009, quando a economia brasileira passou por um período recessivo no primeiro semestre, em meio aos efeitos da crise financeira internacional de 2008. Em 2010 e em 2011, as altas haviam sido de 9,6 e 7,8 por cento, respectivamente.
Se considerado apenas dezembro, o movimento dos consumidores nas lojas do país subiu 2,8 por cento ante novembro.
No ano passado como um todo, o setor de material de construção e o de móveis, eletroeletrônicos e informática lideraram a expansão, com aumentos de 7,6 e 7,7 por cento, respectivamente.
“A presença de incentivos fiscais nestes setores foi um forte impulsionador deste desempenho ao longo de 2012”, afirmaram os economistas da Serasa.
O segmento de veículos, motos e peças –que contou com incentivos fiscais durante o ano passado– cresceu 4,7 por cento.
“Cabe notar que o elevado nível de inadimplência no segmento de financiamento de veículos foi um inibidor da evolução deste segmento, impedindo que seu crescimento em 2012 fosse mais expressivo”, acrescentou a Serasa.
Já o movimento de consumidores no segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas registrou alta de 4,1 por cento no último ano. Segundo os economistas, a aceleração da inflação de alimentos no ano passado foi o principal fator que restringiu uma alta mais significativa da atividade varejista do segmento.
Em contrapartida, os setores que menos cresceram em 2012 foram o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (3 por cento) e o de combustíveis e lubrificantes (1,8 por cento).
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo