Os produtos de marca própria conquistam cada vez mais espaço nas prateleiras das grandes redes varejistas. E essa é uma ótima oportunidade para as pequenas e médias empresas ganharem mais espaço no segmento. O trabalho de parceria existente, inclusive, já ajudou a movimentar R$ 2,8 bilhões de faturamento em 2012, mais que o dobro do registrado há seis anos, conforme mostra estudo realizado pelo Instituto Nielsen.

Só no primeiro semestre deste ano, as marcas próprias atingiram 25 milhões de lares brasileiros – nada mais, nada menos do que 56,4% do total. “Tínhamos no Brasil o paradigma de que o produto de marca própria não tinha qualidade. E de fato não tinha. Mas lá atrás, no início. Do final da década de 90 para cá, começou-se a pensar e fazer produtos onde a qualidade é mesmo imprescindível, especialmente porque a empresa precisa ganhar a confiança do consumidor”, pontua a presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), Neide Montesano.

Grandes redes varejistas, entre elas o Grupo Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour, apostam atualmente nas marcas próprias principalmente por três motivos. O primeiro é a oportunidade de controlar o preço do produto no ponto de venda e com isso aumentar as margens de lucro. O segundo é fidelizar o cliente em busca de itens específicos na loja. E o último fator, mas não menos importante, é a construção da marca, com a intenção de deixá-la cada vez mais forte.

Na avaliação do diretor da agência Target e autor do livro ‘Gestão Estratégica de Marcas Próprias’, Roberto Nascimento, as razões do cliente para optar por esses produtos não são muito diferentes. Na visão do especialista, o consumidor busca preço justo e qualidade.

E os pequenos e médios empreendimentos estão se dando bem com tanto interesse. Não seria diferente, afinal, eles representam 80% dos fornecedores do segmento. “A marca própria é uma grande porta de entrada, principalmente para os pequenos. Eles geralmente não conseguem ter acesso fácil a uma grande rede e ficando muito regionalizados, até por conta do custo (de expansão) alto”, afirma Neide.

A Delta Arroz, de São Paulo, é um exemplo bem acabado. Do faturamento de R$ 12 milhões por ano, 70% são provenientes do fornecimento de produtos para os grandes varejistas estamparem suas marcas. “É uma venda garantida”, conta o empresário Victor Hajjar. A empresa vai completar 50 anos em janeiro, sendo que há 34 trabalha como fornecedora para grandes redes.

Notícia completa clique aqui

(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo