Com o bom momento no mercado de trabalho e na renda, as vendas no varejo brasileiro devem manter bom crescimento nos últimos meses do ano.

O Índice Antecedente de Vendas, estudo realizado pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), mostrou crescimento de 9,2% em novembro e de 9% para o mês de dezembro, em relação aos mesmos meses do ano passado.

Já para janeiro de 2013, a expectativa é de que haja um aumento de 7%, também em relação ao mesmo mês deste ano.

De acordo com os associados da entidade, em outubro houve alta de 4,5%, em comparação com as vendas do mesmo período do ano anterior. Assim como ocorreu em setembro, o crescimento nas mesmas lojas foi negativo (-2,16%), o que comprova que o aumento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas.

O estudo aponta ainda para a retomada de crescimento real nas mesmas lojas a partir deste mês, com taxa de 0,18%, ampliando-se progressivamente até 2,19% em janeiro de 2013.

Apesar de apontar forte desaceleração em outubro, o varejo de não-duráveis continua a se destacar, com alta de 8,9% em novembro. Para os dois próximos meses, os associados também estimam taxas de dois dígitos, com 13,2% de crescimento em dezembro e 12,2% em janeiro.

Já o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que tem apresentado desempenho mais comedido em relação aos não-duráveis nos últimos meses, tende a crescer mais nos próximos meses. Os associados apontam expansão entre 7,2% e 9,7% de novembro a janeiro.

No varejo de bens duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), fortemente influenciado pela expansão de crédito, as taxas de crescimento de novembro a janeiro devem ser de 5,3% a 9,3%.

Vale lembrar que o governo prorrogou o prazo da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até 31 de dezembro de 2012 para a linha branca, móveis e laminados, luminárias e papéis de parede. Assim, espera-se que o desempenho do segmento continue pelo menos em linha com o observado até o momento.

De acordo com o presidente do IDV, Fernando de Castro, a confiança do consumidor e o bom índice de geração de empregos explicam esta previsão de aumento de vendas para este final de ano.

“Por isto, continuamos com a expectativa de que o varejo registre taxa de crescimento superior à do ano passado. Já no âmbito externo, os agentes econômicos tentam entender os possíveis desdobramentos a respeito das transições políticas das duas grandes potencias econômicas globais, China e Estados Unidos”, analisa Castro.

(Por Brasil Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo