A cidade de São Paulo vai ganhar mais seis shoppings – hoje são 69 – com 10,2 mil vagas de estacionamento até 2015. Juntos, os centros comerciais devem receber pelo menos 100 mil pessoas por dia e ajudar a travar ainda mais o trânsito já pesado dos corredores que abrigarão os empreendimentos. Mais da metade das obras já começou e ocupa terrenos disputados em vias como as Marginais do Tietê e do Pinheiros e a Avenida Paulista.
O ritmo das construções, no entanto, não é o mesmo da criação de medidas para reduzir o impacto no tráfego local. Somente um empreendimento, o Shopping Metrô Tucuruvi, na zona norte, iniciou as medidas da lista de exigências da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mas não as terminou, a cerca de três meses da abertura. E o maior deles, o Nova 25 de Março, na zona sul, nem sequer sabe o que terá de fazer, a menos de um ano da inauguração.
Segundo a legislação, construções com mais de 500 vagas são classificadas como polos geradores de tráfego e obrigadas a investir 5% do valor total da obra em medidas para mitigar o impacto no trânsito. A lei também relaciona a emissão de licenças de funcionamento à conclusão das exigências viárias. Pelo menos na teoria, uma vez que o Mooca Plaza, na zona leste, ficou aberto por dez meses sem que tivesse obtido o Termo de Recebimento e Aceitação Definitivo (Trad). Ainda hoje, luta pela obtenção do Habite-se definitivo e do alvará de funcionamento.
Além do Tucuruvi e do Nova 25 de Março, a capital terá os Shoppings Plaza Tietê, na zona norte, Cidade de São Paulo, no centro, Shops Jardins e Parque da Cidade, ambos na zona sul. Espera-se ainda que outros quatro possam ser iniciados e finalizados nos próximos anos, como os Metrôs Vila Madalena, Carrão e Jabaquara, além de um possível centro de compras no Largo da Batata, na zona oeste.
Seja qual for o endereço, as medidas de contrapartida mais exigidas, em geral, são a troca de semáforos e o rebaixamento de guias. Instalação de painéis com mensagens institucionais e alargamento de ruas também figuram na lista. Enquanto uns só trocam a sinalização, outros são obrigados a construir viadutos e passarelas avaliados em até R$ 90 milhões – caso do Shopping JK Iguatemi, na Vila Olímpia, zona sul, aberto em junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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