>O consumidor brasileiro está mais confiante na economia do país e menos temeroso de perder o emprego no início deste ano, conforme aponta pesquisa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) divulgada nesta segunda-feira. O chamado INC (Índice Nacional de Confiança) bateu os 149 pontos no mês passado, contra 146 pontos em dezembro de 2009 e 142 em janeiro desse mesmo ano. Trata-se de um nível recorde para esse índice, calculado desde 2005.

Pela metodologia da pesquisa, se o levantamento das questões resultar em um índice acima dos 100 pontos, há um sentimento de “otimismo” entre os consumidores, enquanto abaixo desse valor, um sentimento de pessimismo.

A pesquisa reforça os resultados de outras duas pesquisas já divulgadas nas últimas semanas. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) da Fecomércio também atingiu seu patamar recorde em janeiro, aos 158,7 pontos, numa série histórica iniciada em 1994.


Outro ICC (Índice de Confiança do Consumidor), desta vez a cargo da Fundação Getúlio Vargas, também melhorou, principalmente entre as classes de menor renda, onde subiu 3,7% no início deste ano. A pesquisa da ACSP trouxe conclusão semelhante: os consumidores de menor renda estão entre os segmentos da população mais confiantes na economia.

O INC dos entrevistados vistos como pertencentes à classe C bateu a casa dos 161 pontos em janeiro, ante 156 em dezembro. Consumidores das classes D e E, de poder aquisitivo ainda menor, também se mostraram mais otimistas: o INC dessa faixa de renda aumentou de 136 para 139 pontos entre dezembro e janeiro.

Entre os consumidores encaixados nas classes A e B, o INC calculado foi de 141 pontos, ante 142 em dezembro.

A pesquisa da ACSP ainda trouxe outras conclusões importantes para as expectativas sobre consumo dos próximos meses.

O medo de perder emprego caiu: uma parcela de 36% dos entrevistados em janeiro afirmaram ter receio de perder sua colocação no mercado de trabalho; em dezembro, uma fatia de 39% dos entrevistados havia declarado o mesmo.

E a disposição de ir às compras oscilou pouco em relação a dezembro, justamente um dos picos de consumo no ano. Uma parcela de 43% dos entrevistados declarou, em janeiro estar favorável a comprar eletrodomésticos, ante 44% que afirmaram o mesmo no último mês de 2009.

Em parceria com o instituto Ipsos, a pesquisa é feita em mil residências todos os meses, distribuídas por nove regiões metropolitanas e 70 cidades do interior do país. Os resultados têm margem de erro de três pontos percentuais.

Fonte: Folha Online – 08/02/2010