>Brazil’s Pão de Açúcar to buy Casas Bahia
By Jonathan Wheatley in São Paulo
Published: December 7 2009 02:00 | Last updated: December 7 2009 02:00
Pão de Açúcar http://www.grupopaodeacucar.com.br/ , Brazil’s biggest supermarket chain, has agreed to buy Casas Bahia http://www.casasbahia.com.br/ , the country’s biggest electrical and household goods retailer, to create a group with combined sales of R$40bn ($23bn) a year.
The deal marks a further expansion into non-food retailing for Pão de Açúcar and its first big move into Brazil’s fast-growing lower-income market, which has driven the country’s growth recently and helped it emerge relatively unscathed from the global economic crisis.
No value was put on the deal, under which a new non-food retailer will be formed from two electrical goods chains owned by Pão de Açúcar – Extra Eletro and Ponto Frio – and Casas Bahia.
Pão de Açúcar’s assets are valued at about R$1.35bn and Casas Bahia’s at about R$1.29bn. Pão de Açúcar will own 50 per cent plus one share of the new company and appoint its financial director. Casas Bahia will own the rest and will run its commercial operations.
Both companies are family businesses currently run by the sons of their founders. Michael Klein, Casas Bahia’s financial director and grandson of the founder, will be the new company’s chief executive.
Pão de Açúcar has 1,242 stores and had sales of R$26bn in 2008, while Casas Bahia has 513 stores with sales of R$13.9bn. Together, they are bigger than the combined Brazilian operations of Walmart and Carrefour, Pão de Açúcar’s biggest rival.
The new company will have 1,015 stores and annual sales of R$18.5bn, the companies said.
The announcement was made on Friday, a week earlier than expected after Abílio Diniz, president of Pão de Açúcar, was called back to Brazil in mid-flight on his way to Paris following abnormal trading in shares in Globex, http://www.globex.com.br/globex/index.htm , which owns his group’s non-food retail assets.
Globex became Brazil’s second-biggest electrical goods and furniture retailer after it bought Ponto Frio in July.
But its sales were concentrated among higher- income consumers.
“I felt very envious when I saw that Casas Bahia had opened a store in the favela of Paraisópolis,” Mr Diniz said.
Casas Bahia opened the store in one of São Paulo’s biggest shantytowns http://www.ft.com/cms/s/0/58425fc0-b1cd-11dd-b97a-0000779fd18c.html a year ago, at the height of the global crisis.
It was the chain’s first store in a favela and served as a symbol of the resilience of Brazil’s low-income consumers to the economic downturn.
Brazil’s services sector survived the global crisis without going into recession. The wider economy is expected to grow by about 1 per cent this year and by at least 5 per cent next year, driven by robust domestic consumption.
Copyright The Financial Times Limited 2009
>Os jornalistas não tiveram cuidade ao ler o Fato Relevante que gerou a associação Casas Bahia – Ponto Frio – Extra Eletro:
Na matéria do correspondente do FT deve-se esclarecer: originalmente, a Globex era o controlador do Ponto Frio e foi adquirida pela CBD (Pão de Açúcar exploração de grupo) em julho passado. A S/A Globex foi utulizada por sua controladora – a CBD/Grupo Pão de Açúcar – para abrigar formalmente a associação.
Na minha opinião, a "venda" das Casas Bahia resolveu dois problemas específicos:
1) A abertura de capital da empresa que seria de difícil equação e que era impositiva para o crescimento da rede no Brasil: a capacidade de crescimento do líder do varejo de bens duráveis no Brasil estava limitada a sua capacidade de captação de recursos no mercado, que como LTDA aumentava seu rating de risco perante o mercado apenas por questões de processos de governanças. Para as Casas Bahia, efetuar um IPO neste momento seria muito custoso e arriscado.
2) A sucessão dentro das Casas Bahia: se 1/3 do problema foi resolvido quando da saída do Saul (filho mais novo) por uma luva bilionária paga pelos outros membros da família há alguns meses atrás (que deve estar entre os passivos negociados agora) havia um outro terço, da filha do Sr. Samuel Klein que deveria ser equacionado tb. E a alienação da operação para a Globex/CBD pode ter resolvido isso.
A questão de concentração do mercado de varejo do Brasil passa por duas análises de fatores externos: uma, de atuação de grandes internacionais aqui. Já há alguns anos, temos WalMart, Carrefour fortemente posicionados aqui. Também redes internacionais ‘newcommers’ tentaram entrar como as mexicanas Elektra (1400 lojas na AL) e Coppel assim com uma chilena que foge o nome. Agora com o mercado interno brasileiro sendo dos mais “sexys” do ponto de vista mundial, todas estas redes podem e devem focar atuação aqui dependendo de quanto a crise bateu neles lá fora.
Nessa hora, o movimento do Pão de Açúcar é estrategicamente justificável (tb do ponto de vista do sócio francês, o Grupo Cassino) para marcar posição e não deixar brechas competitivas. As Casas Bahia como disse antes não teria fôlego financeiro para crescer mais. As redes regionais devem sofrer aquelas que atuam mais no centro-sul: Magazine Luiza, Ricardo Eletro e Colombo.
Por outro lado, o mercado interno consolidando-se e entrando em um estágio de maturidade, estas mesmas redes tendem a ir buscar clientes na América Latina no médio prazo. E nesse sentido uma rede de 500 lojas como as Casas Bahia ou 400 lojas como o Ponto Frio não teriam condições de.
Os efeitos para o consumidor ou para os fabricantes deverão ser caso a caso. Dependerá muito de como será a estratégia de público que terá o novo grupo Bahia-Frio-ExtraEletro.
No meu blog, http://www.ilimitat.blogspot.com já no dia da fusão indiquei o primeiro que vai sofrer: o setor moveleiro.