No ano passado, os consumidores de baixa renda, em especial os que se encontram nas camadas D e E, foram os principais responsáveis pelo crescimento acima da média de 46 categorias, de um total de 132 auditadas pela consultoria Nielsen.
Esse grupo registrou aumento de 13% nominal. Descontada a inflação média de 2011 de 6,63%, o crescimento foi de 6% – bem mais do que a média de todas as categorias juntas que cresceram 1,6%, também em termos reais.
“Em comum, essas 46 categorias têm o fato de estarem em desenvolvimento, pois possuem menor penetração e distribuição. Nós as chamamos de “categorias de acesso”, pois crescem pela entrada da baixa renda”, explica Ramon Cassel, analista de mercado. Para se ter uma ideia, o grupo chamado de categorias maduras, de maior penetração e variação estável, registrou aumento real 0,7%.
Segundo o executivo, as classes D/E representaram 70% dos novos shoppers dessas 46 categorias de acesso, enquanto a C respondeu por 30%. A pesquisa também revelou que, ao contrário do que se imaginava, 72% dos consumidores da baixa renda inicia o consumo de novos produtos pelas marcas que ela considera referência na categoria – líderes e vice-líderes, por exemplo – e não pelas de menor preço.
Entre as categorias cujo consumo foi puxado por esse público estão cereal matinal, inseticida, bebida de soja, sobremesa pronta, leite fermentado. “São quatro os atributos que levam o público D/E a entrar nesses segmentos: praticidade, fazer bem à saúde, sofisticação e indulgência”, completa Cassel.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo