A Cnova, segundo maior ecommerce da França, informou nesta manhã que planeja uma oferta primária de 300 milhões de euros até o fim do ano para financiar seu crescimento acelerado, assim como uma potencial oferta secundária. No fato relevante, a companhia disse que “alguns acionistas existentes podem decidir vender uma parcela de suas ações para aumentar o free float (a quantidade de ações disponíveis no mercado)”.
Embora o documento não deixe claro que essa venda será feita pelo Pão de Açúcar (PCAR3), agentes do mercado acreditam que essa oferta secundária poderia ser para dar saída ao GPA, que detém 34% da Cnova.
Tal participação é avaliada em mais de 7 bilhões de reais, levando em consideração o valor de mercado do ecommerce francês e o câmbio em 6,31 reais. A cifra corresponde a cerca de 70% do valor de mercado atual do Pão de Açúcar na B3.
Para Pedro Serra, gerente de research da Ativa Investimentos, caso o GPA venha, de fato, a vender sua participação na empresa, provavelmente essa capitalização deverá ser distribuída em dividendos para os acionistas do GPA. “Resta saber qual fatia dessa participação deverá ser vendida pelo GPA”, disse.
Ainda assim, ele comentou que acredita que a notícia deve “reaquecer os papéis da companhia, com investidores buscando se posicionar para receber os possíveis futuros proventos”.
Neste momento, os papéis PCAR3 registravam alta de 2,8% na Bolsa brasileira, cotados em 40,54 reais. Na Bolsa de Paris, as ações da Cnova subiam 3,8%, em 9,80 euros, enquanto as do Casino avançavam 0,53%, em 26,54 euros.
A Cnova informou que o Grupo Casino, que detém 64,8% da empresa, pretende permanecer como acionista majoritário da companhia.
(Por Exame Invest)
varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Cnova, GPA