O sucesso de sua vacina contra a covid-19, desevolvida em parceria com a BioNTech, garantiu à farmacêutica americana Pfizer uma receita de 14,6 bilhões de dólares no primeiro trimestre do ano. O valor mostra um crescimento de 42%, na comparação com o trimestre anterior.

Desses 14,6 bilhões de dólares, 3,5 bilhões foram arrecadados com a venda da vacina contra a covid-19, uma das principais utilizadas na imunização contra a pandemia nos Estados Unidos e Europa.

O sucesso deste primeiro trimestre fez a companhia ajustar sua expectativa de receita para este ano de 70,5 bilhões de dólares para 72,5 bilhões.

Mesmo sem considerar as vendas da vacina, a receita da Pfizer cresceu 8%, o que foi comemorado pelo CEO da farmacêutica, Dr. Albert Bourla, em comunicado enviado à imprensa:

“Estou extremamente orgulhoso da forma como começou 2021, apresentando sólidos resultados financeiros no primeiro trimestre. Mesmo excluindo o crescimento proporcionado por BNT162b2 (nome técnico da vacina), nossas receitas cresceram 8% operacionalmente, o que se alinha com nossa meta declarada de entregar pelo menos 6% taxa composta de crescimento anual até 2025. Além disso, alcançamos importantes níveis clínicos, regulatórios e marcos comerciais em nosso pipeline e portfólio, ao mesmo tempo que continuamos a aumentar nossa capacidade de fornecer doses urgentemente necessárias de BNT162b2 para o mundo”, afirma.

Uma reportagem publicada pelo site internacional Quartz em fevereiro divulgou que analistas da indústria farmacêutica preveem que a empresa deve faturar 15 bilhões de dólares com os contratos feitos com os países para garantir as doses de vacina contra a covid-19.

No ano, a Pfizer espera faturar entre 59 bilhões e 61 bilhões de dólares, acima dos 42 bilhões que ganhou em 2020. Mesmo excluindo a vacina da conta, a empresa espera que suas vendas cresçam 6% em 2021.

O governo brasileiro começou a distribuir o primeiro 1 milhão de doses nesta segunda-feira. Até então, o Brasil só contava com as vacinas Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da farmacêutica Astrazeneca, produzida pela Fiocruz.

Depois de negar a compra do imunizante em 2020, o governo brasileiro decidiu adquirir 100 milhões de doses do imunizante, que devem chegar até o fim de setembro.

(Por Exame – Victor Sena)

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