Muito tem se falado sobre o impacto negativo da pandemia da covid-19 nos negócios e na economia, mas a crise também pode acelerar a chegada de tendências que são bem-vindas em alguns setores. Em um período quando o distanciamento social é necessário, o mundo digital leva a melhor. Um exemplo disso é o aquecimento no mercado de e-commerce.

No caso das startups, o universo ficou ainda mais virtual. A Distrito, empresa que mantém um ecossistema de inovação para impulsionar as pequenas tecnológicas, se viu impossibilitada de promover encontros pessoalmente e lança nesta quarta-feira, 1º, a plataforma Distrito Network.

A ideia é oferecer um espaço de apoio e startups, em uma residência virtual. Até março, a companhia totalizava 150 startups residentes em suas instalações físicas. Nas últimas semanas, mesmo em meio à pandemia, a comunidade teve um crescimento de 60% com a adesão de novas empresas.

“O valor dos hubs está nas oportunidades de negócios geradas entre os envolvidos e não na exploração imobiliária, na monetização por um aluguel”, diz Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. “O maior ativo desses espaços sempre foi, justamente, a comunidade ali criada. Já vínhamos trabalhando na digitalização gradual deste universo, mas, com a chegada do coronavírus, tivemos de acelerar esses planos.”

A plataforma possibilita o que, antes, era um desafio: a abertura para startups de qualquer lugar do mundo. Empresas de outros países, que estejam interessadas em ações de inovação aberta, também podem integrar o ecossistema e desenvolver seus negócios.

A Distrito Network engloba o programa de residência virtual, com mensalidades que variam de 99 a 199 reais, com opções que incluem treinamentos personalizados para pitches e mentorias direcionadas para a captação de recursos com potenciais investidores.

Atualmente, a companhia trabalha com cinco hubs temáticos. Quatro deles ficam em São Paulo: são voltados a startups de áreas financeiras, da publicidade, varejo e saúde. Em Curitiba, o ecossistema tem foco nas startups que trabalham com temas da indústria 4.0.

(Por Exame – Murilo Bomfim)

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