A pesquisa realizada pelo Mastercard SpendingPulse, índice que rastreia as vendas gerais do varejo, em todos os tipos de pagamento (incluindo dinheiro e cheque), avaliou que as vendas pelo e-commerce cresceram 75% no mês de maio, assim como a média de crescimento dos últimos três meses (março, abril e maio) foi de mais de 48%. Ambos acima do registrado no primeiro trimestre, que foi de 14%.
Todos os dados foram comparados com o mesmo período do ano passado e destacam uma mudança mais ampla para o digital, na forma como se trabalha, mora ou consome ultimamente.
“O crescimento do comércio eletrônico está muito atrelado ao novo comportamento do consumidor, durante o período de distanciamento social. Ele está cada vez mais se afastando do dinheiro e optando por pagamentos digitais e sem contato, o que aumentou as vendas on-line. Além disso, a distribuição do auxílio emergencial pelo governo também contribuiu para esse resultado”, explica Cesar Fukushima, diretor de análise avançada da Mastercard no Brasil.
O cenário do varejo
Apesar da mudança de comportamento que vem ocorrendo nos hábitos das pessoas, por conta da pandemia, o Mastercard SpendingPulse registrou também que o volume total de vendas no varejo brasileiro (excluídas as vendas de automóveis, materiais de construção, restaurantes e cama, mesa e banho) diminuiu quase 3% em relação ao mês de maio de 2019. A média dos últimos três meses foi de -10% em relação ao ano passado.
Mesmo assim, dois setores tiveram crescimento acima do indicador de vendas totais: o de supermercado (16%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (5%). Já os setores de vestuários, móveis e eletrodomésticos, combustíveis e artigos farmacêuticos tiveram baixo desempenho.
Dentro dessas diminuições, mesmo assim as regiões Sul (0,4%) e Sudeste (-2%) foram as que mais se sobressaíram, com crescimentos acima da média, enquanto o Norte ( -6%), Nordeste (-5%) e Centro Oeste (- 9%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
(Por SuperVarejo)
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