O Magazine Luiza acaba de informar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seus resultados financeiros para o quarto trimestre e para o ano fiscal 2019. Os indicadores demonstram o sucesso da estratégia de crescimento exponencial dos negócios, comunicada e adotada pela companhia no início do ano. 

Nos 12 meses do ano fiscal de 2019, as vendas totais do Magalu atingiram R$ 27,3 bilhões, um avanço de 39% em relação ao resultado do ano anterior. O Ebitda Ajustado (lucro antes de impostos, amortizações e depreciações) foi de R$ 1,3 bilhão, com margem de 6,6%. E a empresa registrou um lucro líquido ajustado anual de R$ 552 milhões. 

O quarto trimestre, assim como os anteriores, foi marcado por grande aceleração das operações do Magalu. As vendas totais cresceram 51%, na comparação com o mesmo período de 2018, e alcançaram R$ 9 bilhões. O e-commerce — composto por site, Super App de vendas, marketplace e as operações de Netshoes, Zattini e Época Cosméticos — cresceu 93%, faturou R$ 4,3 bilhões e representou 48% das vendas totais do Magalu nos últimos três meses do ano. As vendas nas lojas físicas — 1113, localizadas em todo o Brasil — avançaram 26,1%. No critério de vendas geradas nas mesmas lojas, o crescimento foi de 12,6%. 

“Em janeiro de 2019, decidimos que viveríamos um ano de crescimento chinês”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Entregamos o que prometemos. Nossa escala chegou a um novo patamar e atingimos a liderança em boa parte das nossas principais categorias. Tudo isso graças à estratégia de transformação da companhia em um ecossistema digital voltado para o varejo.” 

A expansão em ritmo exponencial também pôde ser vista nos indicadores operacionais da companhia. O Magalu terminou 2019 com 25 milhões de clientes ativos — contra 17 milhões do final de 2018, um crescimento de 41% — 1.113 lojas, 15 mil sellers e 13 milhões de produtos em seu marketplace. Criado há pouco mais de dois anos, o marketplace do Magalu terminou o ano com R$ 3 bilhões de GMV. No quarto trimestre, o crescimento da plataforma foi de 216,4%, fazendo com que o marketplace passasse a representar quase 27% do e-commerce total do Magalu. 

“Atrair cada vez mais sellers para o nosso ecossistema e dar a eles os recursos necessários para que se integrem à economia digital faz parte de nosso propósito como companhia”, afirma Trajano. “Em 2020, continuaremos a investir no crescimento de nossa plataforma, na expansão do número de categorias e de produtos oferecidos e na excelência dos serviços que prestamos a nossos clientes.” 

A companhia tem uma posição de caixa privilegiada para levar sua estratégia adiante. Apenas no último trimestre de 2019, o Magalu gerou R$ 1,8 bilhão em caixa. Em novembro, levantou R$ 4,3 bilhões em uma das maiores operações de follow-on já feitas no país. Com isso, o Magalu entra em 2020 com R$ 6,3 bilhões em caixa. 

Marketplace multicanal, de verdade

Entre os investimentos prioritários para este ano estão o Super App e o desenvolvimento de serviços para os sellers, dentro do que vem sendo chamado de Magalu as a Service (MaaS). Atualmente, o Super App de vendas do Magalu possui 25 milhões de usuários em sua base instalada. Nos últimos meses, o aplicativo foi reforçado pela criação dos “mundos” da Netshoes, da Zattini, da Época Cosméticos e um voltado para ONGs, o Social. 

O Maas, por sua vez, tornou-se fundamental para a estratégia de crescimento exponencial. No final de 2019, foi lançado o MagaluPagamentos, hoje em fase de roll out. Com o serviço, o Magalu vai, ao mesmo tempo, monetizar o crescimento acelerado do marketplace e monitorar a cadeia, com o controle do fluxo de pagamentos dos parceiros e a oferta de recursos para eles a taxas inferiores às do mercado. O MagaluEntregas, também criado no ano passado, permite que os sellers se beneficiem da mesma cadeia logística utilizada pelo Magazine Luiza, o que inclui a venda de produtos com retirada em qualquer uma das lojas físicas da companhia. 

Na frente dos serviços aos clientes, acaba de ser lançado o MagaluPay, a conta digital do Magalu, voltado para consumidores finais e absolutamente integrado ao Super App. “Com o MagaluPay, queremos criar valor para o ecossistema do varejo — e não operar como um ecossistema apartado. Não queremos ser banco”, diz Trajano. 

As lojas físicas, hoje transformadas em mini-centros de distribuição, continuam a ser cruciais para a formação do ecossistema Magalu. Em 2019, foram inaugurados 159 pontos, com destaque para a chegada da empresa ao Pará, primeiro estado da região Norte a contar com a presença física da rede. Para atender a todas as regiões do país como mais rapidez e eficiência, o Magalu inaugurou dois centros de distribuição, chegando a um total de 18 CDs. Graças aos investimentos em logística, tecnologia e à expansão das lojas físicas, atualmente 66% das entregas nas residências dos clientes são realizadas em até 48 horas. 

Netshoes: integração acelerada

Adquirida no final de junho, a Netshoes, maior e-commerce de calçados e artigos esportivos do País, vem sendo rapidamente integrada à plataforma do Magalu. Com a aquisição, a companhia incorporou, de uma só vez, uma equipe de 2 000 profissionais digitais e uma rede com mais de mil sellers, 4 milhões de clientes e R$ 2,5 bilhões em GMV. Em 2020, a integração de catálogo, do backoffice e da logística será finalizada. Com isso, além do ganho operacional, os produtos da Netshoes poderão ser retirados em qualquer uma das lojas do Magalu espalhadas no País. 

(Por Eletrolar)

varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Magazine Luiza