A LVMH, dona da Louis Vuitton, anunciou a compra da marca de jóias Tiffany. A francesa vai pagar US$ 16,7 bilhões – US$ 135 por ação – para ter o controle da norte-americana. Esta é a maior transação da história do varejo de luxo.

O acordo acontece depois de a Tiffany rejeitar uma oferta de US$ 120 por ação, proposta que foi considerada baixa por muitos analistas.

A proposta que prevaleceu, de US$ 135, tem valor 7,5% maior que a cotação de fechamento na última sexta (22).

Bernard Arnault, dono da LVMH, disse que a empresa pretende “desenvolver esta joia com a mesma dedicação e comprometimento que temos aplicado a cada uma de nossas marcas. Estaremos orgulhosos de ter a Tiffany ao lado de marcas icônicas e estamos ansiosos para garantir que a Tiffany continue a prosperar nos próximos séculos”.

Ganha-ganha

Com mais de 300 lojas em todo o mundo, a Tiffany passou por altos e baixos nos últimos anos. A empresa tem sofrido com a desaceleração do turismo e uma queda nas compras de clientes chineses. A empresa mantém 45 lojas na China.

Por outro lado, a varejista atualizou sua imagem depois que Alessandro Bogliolo assumiu o cargo de CEO, em 2017. A Tiffany apostou em tornar sua marca mais atraente para o público jovens e em itens com preços mais baixos para presentes.

“Essa transação, que acontece em um momento de transformação interna da nossa marca lendária, fornecerá mais suporte, recursos e impulso para essas prioridades à medida que que evoluirmos para nos tornarmos a joalheria de luxo da próxima geração”, disse Bogliolo.

Para a LVMH, a aquisição da Tiffany representa uma grande oportunidade para penetração no segmento de joias.

A empresa possui um portfólio global de mais de 70 marcas nos setores de moda, artigos de couro e até bebidas. No segmento de joias, suas marcas com maior representatividade são Bulgari e Tag Heuer.

(Por NoVarejo – Leonardo Guimarães)

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