O comércio eletrônico espera faturar cerca de R$ 3,45 bilhões – 18% a mais que o valor acumulado no ano anterior – durante a Black Friday deste ano, realizada no dia 29 de novembro. A informação é da ABComm, associação que representa o setor.
Segundo a entidade, o tíquete médio será de R$ 340 e as categorias mais procuradas serão as de informática, celulares, eletrônicos, moda, acessórios, casa e decoração. A expectativa é que o número de pedidos também seja 18% superior se comparado a 2018, com um total de 10,13 milhões de solicitações.
Diante da importância da data, o CEO da consultoria Dr. E-commerce, Thiago Sarraf, o mais importante nesse mês que a precede é se preparar. “Garantir uma plataforma com boa estabilidade, facilidade na navegação, qualidade na entrega e outras medidas são essenciais”, aponta o executivo.
Assim, a projeção de aumento de vendas poderá se concretizar. “Esperamos um crescimento de 50% nas vendas. Já começamos a pensar nas estratégias e promoções, o próximo passo será verificar o estoque para nos certificarmos que todo mundo receberá o produto, no prazo e com qualidade.”, relata a dona da Dassi Boutique, Sirlene Costa.
Outra pesquisa, realizada pela plataforma Zoom, mostra que 95% das pessoas pretendem comprar na Black Friday, e 66% estão pensando em aproveitar a data para antecipar as compras de Natal. O estudo, realizado com mais de quatro mil pessoas, ainda revela que 98% das pessoas buscam informações e monitoram o preço dos produtos que pretendem adquirir.
Para 74%, o principal fator decisório de compra é o preço. “O preço sempre foi e vai continuar sendo um fator importante na decisão de compra, todo consumidor quer ver seu dinheiro render. Por isso, usamos descontos agressivos em nossos produtos durante a data. A ideia é que o cliente tenha um produto de qualidade com custo acessível.”, destaca a CEO da Francisca Joias, maior e-commerce de semijoias do Brasil, Sabrina Nunes.
“O grande diferencial desta edição será às novas tecnologias, alguns e-commerces já aceitam pagamento via QRCode, outros usam gamification e countdown para impulsionar as vendas e motivar os clientes.”, alerta o fundador da Codeby, empresa de tecnologia, Fellipe Guimarães.
E caso o seu e-commerce ainda não tenha um layout responsivo, você pode estar despreparado para uma boa parte dos consumidores. De acordo com a pesquisa sobre a Black Friday de 2017, compras realizadas via mobile cresceu em 81,8%, equivalente a quase 30% das compras realizadas no período foram feitas via mobile.
De acordo com o WEBSHOPPERS (2019), parceria realizada entre Ebit e Nilsen, em janeiro deste ano o M-Commerce tinha 42,7% de pedidos, e em junho aumentou para 43,1%. Segundo o Conselho Eletrônico da FecomercioSP, até 2020 as vendas via dispositivos móveis devem superar as feitas via desktop, e segundo o IBGE, 92% dos acessos a internet são feitos pelo celular.
“O empresário hoje precisa acompanhar as tendências, se preparar para as datas comemorativas. Na verdade, mais que isso, o comerciante precisa estar preparado durante todo o ano, seja com novos produtos/serviços, ações de marketing, acessibilidade no site. É necessário se adaptar, pois o cliente não espera. Hoje há muitas opções e ele só irá comprar com quem atender suas expectativas.”, pontua a cofundadora da Camys, e-commerce de camisetas premium, Luísa Morato.
(Por Super Varejo)
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