A crise econômica voltou a influenciar as escolhas dos consumidores no supermercado, de acordo com estudo realizado pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo) em todas as regiões da capital, em abril de 2019.
De acordo com o levantamento, 78% dos consumidores entrevistados passaram a experimentar outras marcas de produtos, exceto as líderes, nos últimos seis meses. Para 76% deles, as alterações no padrão de consumo ocorreram por conta do preço, enquanto que para 16,3% a motivação foi as promoções.
O índice vem subindo. Na pesquisa anterior, realizada em outubro de 2018, a porcentagem de consumidores que haviam deixado de ser fieis a marcas era de 69,6%.
Entre os que voltaram a consumir produtos de marcas premium ou líderes de mercado, a maior motivação foi a qualidade. Do total de pesquisados, 71,3% já voltaram a consumir algum item das marcas líderes, com destaque para as categorias de higiene e limpeza (61,4% das respostas); mercearia (35,1%); bebidas (29,8%); frios e laticínios (26,3%); e açougue (15,8%).
Perguntados sobre a expectativa em relação à economia, 63,7% dos respondentes acham que os preços irão se elevar nos próximos seis meses; 25,5% opinaram que os preços irão se manter no mesmo patamar e 10,8% acreditam que haverá redução.
É evidente o pessimismo atual da população sobre os rumos da economia, pois na sondagem anterior 29,4% achavam que a situação econômica iria melhorar no semestre subsequente, 35,3% afirmaram que iria ficar como estava e 35,3% acreditavam que iria piorar.
A conjuntura atual também afetou a frequência das idas aos supermercados e afins: 32,4% dos consumidores afirmaram ir menos vezes às compras hoje em comparação a um ano atrás. Na sondagem de outubro de 2018, esse índice era de 28%. A maioria dos entrevistados afirmou que prefere ir uma vez por semana ao supermercado (50%).
O público foi consultado também sobre os aspectos que mais valorizam em um supermercado. O diferencial mais citado foi o preço, com 24,4% das respostas, seguido pela qualidade dos produtos (17,8%), localização (15,7%), variedade (14%), atendimento (12,5%), limpeza (9,6%) e atendimento no caixa (6%).
Dos formatos de varejo preferidos, os atacarejos, com 33,3% das indicações, ultrapassaram os supermercados (23,5%) na preferência do público. Na sondagem de outubro de 2018, a maioria preferia os supermercados (31,4%), ante os atacarejos (22,5%). As demais respostas se dividiram entre hipermercados (17,6%); lojas de vizinhança de grandes marcas (15,7%) e mercadinhos de bairro (9,8%).
(Por Mercado&Consumo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Consumo, Preço