Com vendas e lucro em queda, a Hypermarcas foca em sua reestruturação para crescer novamente em 2012. Com dificuldades em fazer um emaranhado de marcas, de setores como alimentos, remédios e produtos de limpeza, funcionar de maneira eficiente, a Hypermarcas vive uma fase bem diferente – com resultados em queda.

Após frustrar investidores com expectativas não cumpridas – em março, a Hypermarcas previa crescimento de 15% neste ano – Claudio Bergamo, diretor-presidente da Hypermarcas, está mais cauteloso ao dar previsões. Mas afirma que os resultados aparecerão em 2012. O ganho imediato virá com a venda de marcas. No sábado passado, dia 22/10, a empresa vendeu as marcas Assim e Mat Inset para a Flora, controlada pelos donos do JBS.

Com a decisão de vender marcas menos rentáveis, como Etti e Assolan, ainda neste ano, a divisão de consumo estará restrita a produtos de cuidado pessoal, como Monange e Avanço, a qual passará a representar 42% das vendas (até julho equivalia a 46%). Todo o restante virá da área farmacêutica – a mais rentável da companhia -, que em outubro passou a ser comandada por Luiz Eduardo Violland, ex-presidente da farmacêutica Nycomed no Brasil.

Em estágio menos avançado, a Etti é disputada por Bunge e pela americana McCormick, por R$ 300 milhões. “A venda permitirá à Hypermarcas focar em segmentos mais rentáveis e aumentar o valor de mercado”, diz Daniela Bretthauer, analista do banco Raymond James.

(Por Exame Online) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo