Depois da capital paulista, o plano é levar o aplicativo James para o Rio de Janeiro, outras capitais e cidades do interior

Comprado pelo Grupo Pão de Açúcar (GPA) no ano passado, o serviço de entrega James, concorrente do Ifood e do Rappi, começa a operar em São Paulo em 1° de abril. Essa semana, o aplicativo, lançado em Curitiba, começou a operar em fase de teste na cidade. Depois da capital paulista, o plano é leva-lo para o Rio de Janeiro, outras capitais e cidades do interior.

Em palestra na convenção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o diretor-presidente do grupo GPA, Peter Estermann, disse que fazer frente aos aplicativos de entrega é um grande desafio do varejo hoje. “Grandes aplicativos quando entram no seu negócio transformam você em um distribuidor. Você tem todo o trabalho de relacionamento com o fornecedor e perde todo o relacionamento com o cliente”, resumiu.

Estermann destacou também o esforço de inovação do grupo. Segundo ele, além de observar outras startups para compra, a exemplo do que foi feito com o James, o GPA criou uma área de inovação. Em abril, também deve inaugurar uma área no espaço de inovação do Itaú, o Cubo. “O grande desafio é a mudança cultural, como integrar as pessoas do varejo tradicional com o digital”, disse, defendendo a proximidade com esses ambientes de inovação.

Aquisição

O Grupo Pão de Açúcar comprou a startup James em dezembro do ano passado – o valor não foi revelado. O aplicativo é líder de mercado em Curitiba. À época da aquisição, o GPA disse prever que o James seja líder do mercado da América Latina em três anos.

A gestão do James é independente: os fundadores Lucas Ceschin, Eduardo Petrelli, Ivo Roveda e Juliano Hauer terão status de diretores executivos no GPA. O James continuará prestando serviços em parcerias com outras empresas como restaurantes e farmácias, mas no setor de supermercados o GPA passa a ser atendido com exclusividade.

(Por Mercado&Consumo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, GPA, Pão de Açúcar, Startup, James