Enquanto algumas marcas de beleza buscam alcançar o público mais jovem e seguir as últimas tendências, a marca de maquiagens Eudora encontrou seu lugar em um mercado mais maduro.

Com marca voltada a mulheres que trabalham ou empreendem, o faturamento da marca alcançou 1 bilhão de reais em 2018. É a segunda maior marca do Grupo Boticário, maior rede de franquias do Brasil, e a que mais cresce.

Não há lançamentos constantes de batons e lápis para boca, como na marca Kylie Cosmetics, da Kylie Jenner, irmã de Kim Kardashian, ou apelo por produtos importados, como a marca MAC ou a loja Sephora.

A empresa também não atua fortemente com lojas voltadas ao consumidor final ou com o comércio eletrônico. Seu modelo é a tradicional venda direta.

Mas a fórmula segura e sóbria da Eudora funciona. Parte do sucesso da marca vem da reformulação de sua imagem. Quando foi lançada em 2010, a marca tinha apelo sensual, com embalagens pretas e rosa pink e lojas com iluminação fraca. “Era para ser uma Victoria’s Secret da maquiagem brasileira”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da consultoria AGR Consultores.

O primeiro modelo não deu certo, por afastar consumidoras que acreditavam que o produto era importado e muito caro. A empresa fechou lojas voltadas ao consumidor final e criou espaços para as representantes abastecerem seus estoques. Há cerca de dois anos, a marca iniciou sua reformulação e passou a falar com mulheres mais maduras, “bem resolvidas”, diz a consultora.

A mudança também fez a marca ser acessível a um público mais amplo, de diversas classes sociais. “A agilidade e velocidade que o presidente Artur Grynbaum colocou na empresa como um todo foi importante para dar certo”, afirma ela.

(Por Exame – Karin Salomão) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Eudora, Boticário, Cosméticos, Maquiagem