A Apple irá lançar junto com o banco de investimentos Goldman Sachs o seu primeiro cartão de crédito. A ação irá acelerar a diversificação de receitas e compensar a desaceleração do crescimento de venda de iPhones. O Goldman iniciou suas atividades no varejo em 2016 ao lançar seu banco digital “Marcus” e também precisa de novas fontes de receita. A instituição financeira busca aumentar seus empréstimos ao consumidor para compensar quedas em seus negócios comerciais.
O novo cartão terá a funcionalidade “wallet” (carteira digital), que funciona como uma espécie de conta corrente, na qual o aplicativo permitirá que o cliente fixe limites de despesa, defina metas, acompanhe os pagamentos e administre as contas.
O cartão Apple Pay vai ter a bandeira da Mastercard, e os usuários poderão receber “cashback” de cerca de 2% para a maioria das compras. Especula-se que potencialmente poderão também gerar crédito para serviços e compras de aparelhos da Apple.
A expectativa da empresa de Cupertino é que a divisão de serviços passe a representar cerca de 20% das receitas até 2020 (algo em torno de US$ 50 bilhões), sendo que hoje responde por 15%, além de atingir a marca de 500 milhões de assinantes pagos, contra os atuais 360 milhões.
Os cartões serão distribuídos aos funcionários para testes nas próximas semanas e serão lançados ainda este ano. A Apple não respondeu imediatamente ao pedido de posicionamento do jornal e o Goldman Sachs se recusou a comentar.
O banco já começou a adicionar call centers de apoio ao cliente e a construir um sistema interno para lidar com pagamentos, um projeto que pode custar US$ 200 milhões ao banco.
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