As ações da BRF registravam forte desvalorização na manhã desta sexta-feira. Os papéis recuavam 5,13% sendo negociados na casa dos 20 reais.

A companhia divulgou hoje, antes da abertura do mercado, que teve prejuízo de 1,57 bilhão de reais no segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o prejuízo registrado foi de 166 milhões de reais.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado recuou 47,1 por cento na comparação anual, para 373 milhões de reais. Sem ajustes, o Ebitda ficou negativo em 289 milhões de reais.

Segundo a companhia, entre os motivos que impactaram o desempenho operacional foi o aumento do preço dos grãos e por um mix de menor valor agregado, além das despesas atreladas à Operação Trapaça (que apontou laboratórios e setores de análises da BRF fraudavam resultados de exames) que impactou o resultado negativamente em 288 milhões de reais.

A greve dos caminhoneiros, no final de maio, também impactou no resultado da companhia,  já que gerou perdas diretas de 75 milhões de reais com gastos logísticos adicionais, aumento da ociosidade e perda de estoques.

Além disso, a companhia destacou a decisão do governo chinês em iniciar a cobrança temporária de tarifas antidumping sobre importação de carne de frango brasileira. “Trabalhamos neste momento para elucidar todos os questionamentos das autoridades chinesas e comprovar que o frango brasileiro não se beneficia de subsídios que promovam concorrência desleal naquele mercado.”

Em carta aos acionistas, o presidente da BRF, Pedro Parente, afirmou que o segundo trimestre é um marco importante já que se iniciou o plano de reestruturação. ” Começamos a executar agora as estratégias que acreditamos vão ditar a recuperação da companhia nos trimestres seguintes e permitirque continuemos a crescer e voltar a entregar resultados a nossos acionistas.”

(Por Exame – Karla Mamona) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, BRF