A Abras revisou a previsão de crescimento do setor supermercadista para este ano. A expectativa inicial era de 3% e passou para 2,53%. A mudança foi feita devido a fatores como a redução na previsão do PIB para o ano, a alta do dólar, a inflação em 12 meses mais próxima da meta do governo após a paralisação de caminhoneiros e a queda na produção industrial.

Mesmo com a mudança, o desempenho esperado para este ano é melhor do que o crescimento de 1,25% nas vendas do setor supermercadista no ano passado. Caso as previsões se concretizem, será o melhor resultado desde 2013, quando o crescimento foi de 5,36%.

Os supermercados brasileiros cresceram 2% em vendas em termos reais neste semestre, na comparação anual. Em junho, as vendas subiram 3,37% ano a ano, mas caíram 0,7% sobre o mês anterior.

Marcio Milan, superintendente da Abras, acredita que a queda em relação a maio já era esperada, devido à antecipação das compras em meio à greve dos caminhoneiros no fim do mês. “Algumas pessoas estocaram produtos no final de maio com a preocupação de que a paralisação se estendesse por mais tempo”, afirmou.

De acordo com ele, a greve dos caminhoneiros afetou o otimismo do setor. O índice de confiança do setor supermercadista, produzido pela Abras em parceria com a GfK, chegou a 46,9 pontos no mês passado, em comparação com os 51,2 pontos em abril e 48,4 no mesmo mês do ano passado.

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